...Herbert Richers. Essa frase tão ouvida nos filmes dublados na TV, perdeu seu pioneiro na área da dublagem
Quem assiste a um filme dublado na televisão, em especial na TV aberta, já se acostumou a ouvir no início dos créditos a famosa frase “versão brasileira: Herbert Richers”. Pois é, muita gente cansou de ouvir esta frase, mas poucos sabem de fato quem era Herbert Richers, que morreu no dia 20 de novembro, aos 86 anos em consequência de um problema renal.
Richers nasceu em Araraquara, interior de São Paulo, em 11 de março de 1923 e se mudou para o Rio em 1942, onde fundou, em 1950, a empresa que leva seu nome. No começo da carreira, ele atuou como diretor de fotografia. Depois passou a produzir filmes. "Na época em que ele era produtor de cinema, a inflação era alta no Brasil, apesar do ritmo industrial das chanchadas naquele tempo. O dinheiro era insuficiente e saía do próprio bolso. E por conta disso Herbert passou para o campo da dublagem”, explica Garcia Júnior, dublador e diretor de criação da DCVI (Disney Character Voices International) Brasil.
A transição de Richers para a área de dublagem tem ligação com o produtor Walt Disney. Júnior conta que Disney veio ao Brasil para fazer a política da boa vizinhança na época da 2° Guerra Mundial (1939 - 1945) e Richers foi como cinegrafista acompanhar o produtor. Um ano depois ele foi até os Estados Unidos e foi até o escritório de Disney para saber se ele se lembrava de Richers. “Disney não só lembrou como o levou para almoçar. Durante o almoço ele perguntou ao Herbert se ele não queria distribuir o filme Zorro no Brasil. Ele sugeriu distribuir e dublar o filme. Foi assim que o Herbert entrou no ramo da dublagem”.
Garcia Júnior é conhecido na área de dublagem por fazer as vozes de personagens como He-Man, MacGaGyver e o Pica-Pau. Júnior ficou muito emocionado ao falar do querido amigo. “Eu fui chamado para fazer um teste de um filme da Disney chamado Meu Amigo Dragão. E eu ganhei o papel, o Herbert viu meu trabalho e quis me contratar. Eu tinha 12 anos na época. Mas eu disse que não podia ir para o Rio de Janeiro sozinho, porque eu morava em São Paulo com os meus pais. Aos 20 anos eu fui morar em Portugal. O Herbert disse que quando eu voltasse as portas estavam abertas para continuar o trabalho. Essa é a importância do Herbert Richers para mim”.
Úrsula Bezerra, diretora de dublagem da empresa de dublagem Álamo, também comentou sobre a importância de Richers para o segmento. “Hoje no Brasil temos duas empresas representativas na área de dublagem que é a Herbert Richers no Rio de Janeiro e a Álamo em São Paulo. Os dois pioneiros da área infelizmente nos deixaram. O Michael Stoll, da Álamo e o Herbert da Herbert Richers montaram uma estrutura muito boa. Apesar de eu não ter conhecido o Herbert eu sou muito grata por ele ter trazido a dublagem para o Brasil. Para o nosso meio é uma grande falta, assim como nós sentimos quando o Michael, veio a falecer. Eu fico muito feliz por eles terem sido os pioneiros do ramo. Se nós estamos aqui é graças e eles!”. Júnior acha incontestável a importância de Richers para o cinema e para a dublagem brasileira. “Ele estava com 86 anos... é uma perda que dói de saudade. É um ser humano que não está mais aqui conosco”.
Quem assiste a um filme dublado na televisão, em especial na TV aberta, já se acostumou a ouvir no início dos créditos a famosa frase “versão brasileira: Herbert Richers”. Pois é, muita gente cansou de ouvir esta frase, mas poucos sabem de fato quem era Herbert Richers, que morreu no dia 20 de novembro, aos 86 anos em consequência de um problema renal.
Richers nasceu em Araraquara, interior de São Paulo, em 11 de março de 1923 e se mudou para o Rio em 1942, onde fundou, em 1950, a empresa que leva seu nome. No começo da carreira, ele atuou como diretor de fotografia. Depois passou a produzir filmes. "Na época em que ele era produtor de cinema, a inflação era alta no Brasil, apesar do ritmo industrial das chanchadas naquele tempo. O dinheiro era insuficiente e saía do próprio bolso. E por conta disso Herbert passou para o campo da dublagem”, explica Garcia Júnior, dublador e diretor de criação da DCVI (Disney Character Voices International) Brasil.
A transição de Richers para a área de dublagem tem ligação com o produtor Walt Disney. Júnior conta que Disney veio ao Brasil para fazer a política da boa vizinhança na época da 2° Guerra Mundial (1939 - 1945) e Richers foi como cinegrafista acompanhar o produtor. Um ano depois ele foi até os Estados Unidos e foi até o escritório de Disney para saber se ele se lembrava de Richers. “Disney não só lembrou como o levou para almoçar. Durante o almoço ele perguntou ao Herbert se ele não queria distribuir o filme Zorro no Brasil. Ele sugeriu distribuir e dublar o filme. Foi assim que o Herbert entrou no ramo da dublagem”.
Garcia Júnior é conhecido na área de dublagem por fazer as vozes de personagens como He-Man, MacGaGyver e o Pica-Pau. Júnior ficou muito emocionado ao falar do querido amigo. “Eu fui chamado para fazer um teste de um filme da Disney chamado Meu Amigo Dragão. E eu ganhei o papel, o Herbert viu meu trabalho e quis me contratar. Eu tinha 12 anos na época. Mas eu disse que não podia ir para o Rio de Janeiro sozinho, porque eu morava em São Paulo com os meus pais. Aos 20 anos eu fui morar em Portugal. O Herbert disse que quando eu voltasse as portas estavam abertas para continuar o trabalho. Essa é a importância do Herbert Richers para mim”.
Úrsula Bezerra, diretora de dublagem da empresa de dublagem Álamo, também comentou sobre a importância de Richers para o segmento. “Hoje no Brasil temos duas empresas representativas na área de dublagem que é a Herbert Richers no Rio de Janeiro e a Álamo em São Paulo. Os dois pioneiros da área infelizmente nos deixaram. O Michael Stoll, da Álamo e o Herbert da Herbert Richers montaram uma estrutura muito boa. Apesar de eu não ter conhecido o Herbert eu sou muito grata por ele ter trazido a dublagem para o Brasil. Para o nosso meio é uma grande falta, assim como nós sentimos quando o Michael, veio a falecer. Eu fico muito feliz por eles terem sido os pioneiros do ramo. Se nós estamos aqui é graças e eles!”. Júnior acha incontestável a importância de Richers para o cinema e para a dublagem brasileira. “Ele estava com 86 anos... é uma perda que dói de saudade. É um ser humano que não está mais aqui conosco”.
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