quinta-feira, 30 de setembro de 2010

EM MEMÓRIA














O astro Tony Curtis morreu no dia 29 de setembro, aos 85 anos, vítima de parada cardíaca. Com pinta de galã, a carreira dele foi marcada por comédias, dentre elas, a ótima "Quanto Mais Quente Melhor", no qual contracenou com Jack Lemmon e Marylin Monroe. A diva loira foi uma das muitas amantes de Curtis, que sempre cultivou a fama de mulherengo. Mesmo assim acabou se casando seis vezes. A primeira união foi com Janet Leigh, com quem teve a filha Jamie Lee Curtis. Ele ainda teve mais cinco filhos.

O primeiro trabalho do ator foi em "How to Smuggle a Hernia Across the Border" (1949) quando ainda se chamava Anthony Curtis. Depois vieram "O Príncipe Ladrão" (1951); "Trapézio" (1956); "A Embriaguez do Sucesso" (1957); "Acorrentados" (1958), que lhe valeu uma indicação ao Oscar e "Spartacus" (1960). O último trabalho dele foi no drama "David & Fatima" (2008).

Em 28 do setembro morreu por insuficiência cardíaca, Arthur Penn, um dia depois de ter completado 88 anos. Diretor de "O Milagre de Anne Sullivan" (1962) e "Pequeno Grande Homem" (1970), sua carreira ficou marcada mesmo por "Bonnie e Clyde" (1967). No mesmo dia a editora Sally Menke morreu de causa não divulgada, aos 56 anos. Ela foi responsável por montar na tela as ideias do diretor Quentin Tarantino. Ela foi a editora de todos os filmes do cineasta e foi indicada ao Oscar por seus trabalhos em "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994) e "Bastardos Inglórios" (2009).

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

UMA NOVA MISSÃO






Tudo pronto para quarto capítulo da franquia "Missão Impossível" que traz Jeremy Renner como possível substituto de Tom Cruise

Tom Cruise chegou na semana passada em Praga para as filmagens da quarta parte de "Missão Impossível". A produção tem o título provisório de "Missão Impossível 4", já que Cruise e J.J. Abrams, produtores do filme, pensam em dar um nome diferente ao longa. O plano é dar uma reformulada na franquia. Além de Cruise como o agente Ethan Hunt, os atores Ving Rhames e Simon Pegg retornam nos papéis de Luther e Benji, que fazem parte da equipe do MI6. Paula Patton ("Preciosa - Uma História de Esperança") deve interpretar uma integrante da equipe de Hunt.

A trama do filme é segredo de estado. O que anda deixando todo mundo curioso é o papel de Jeremy Renner. Ele é o nome da vez em Hollywood após ser indicado ao Oscar de melhor ator este ano por "Guerra ao Terror". Especula-se que o ator será um agente treinado por Hunt. A ideia é que no futuro, Renner substitua Cruise como forma de dar novo fôlego e longevidade à franquia. "Missão Impossível" sem Tom Cruise? É esperar pra ver. O elenco ainda conta com Josh Holloway, Vladimir Mashkov e Michael Nyqvist. A direção do longa está a cargo de Brad Bird ("Ratatouille") e o lançamento será em 16 de dezembro de 2011.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

ELES SÃO BONS





















Revista elege os atores mais rentáveis de Hollywood

O ator Shia LaBeouf foi eleito pelo segundo ano consecutivo, o astro que mais rende dinheiro em Hollywood. A pesquisa realizada pela revista econômica "Forbes" explica que para cada US$ 1 gasto pelo estúdio em cima do ator, ele dá um retorno de US$ 81 de lucro. A carreira bem sucedida nas bilheterias se deve aos dois filmes da franquia "Transformers" e a "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal". LaBeouf atualmente está em cartaz em "Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme" e no ano que vem ele estará na terceira parte de "Transformers".

A presença feminina marca presença com Anne Hathaway na segunda posição com renda de US$ 64 por dólar recebido. Isso se deve graças ao bom retorno financeiro de "Alice no País das Maravilhas" e "Noivas em Guerra". Em terceiro lugar está Daniel Radcliffe, com US$ 61 por dólar de salário, depois Robert Downey Jr., com US$ 33 e Cate Blanchett, com US$ 27. A eleição da revista se baseou em atores que tenham feito ao menos três filmes nos últimos cinco anos. A lista completa conta com 36 atores. Confira abaixo os dez atores mais lucrativos de Hollywood segundo a "Forbes".

OS MAIS RENTÁVEIS

1.Shia LaBeouf
2.Anne Hathaway
3.Daniel Radcliffe
4.Robert Downey Jr.
5.Cate Blanchett
6.Jennifer Aniston
7.Meryl Streep
8.Johnny Depp
9.Nicolas Cage
10.Sarah Jessica Parker

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

À LA VAMPIROS

Produtos com temática vampiresca fazem rios de dinheiro

Vampiro nunca esteve tão em alta como agora em Hollywood. De filmes, livros a videogames, os seres sugadores de sangue se tornaram um fenômeno econômico com um rendimento de US$ 7 bilhões. No cinema o último lançamento com a temática foi "Os Vampiros que se Mordam", paródia à "Saga Crepúsculo".

Por falar em "Crepúsculo", os três filmes da série já renderam mais de US$ 1,7 bilhão mundialmente e é o grande responsável por essa moda atual, que saiu dos livros escritos por Stephenie Meyer. Até 2012, mas dois filmes da saga vão estrear enchendo ainda mais os cofrinhos de Edward e companhia. Quanto a televisão os sucessos são a comentada série "True Blood", regada a muito sangue e sexo e "The Vampire Diaries". No Brasil filmes com a temática acabam de chegar em Blu-ray: "2019 - O Ano da Extinção" e "30 Dias de Noite 2".

FATURAMENTO AFIADO

Filmes: US$3 bilhões
Publicações: US$1.6 bilhão
Merchandising: US$600 milhões
TV e DVDs: US$1.2 bilhão
Outros: US$600 milhões

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

TEIA DE MISTÉRIOS

"Ilha do Medo" explora facetas do psicológico

O detetive Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) chega a nebulosa Ilha Boston Harbor. O local é reduto de prisioneiros psiquiátricos. A missão de Daniels é investigar o desaparecimento de uma das pacientes, Rachel Solando, presa por matar os três filhos. A Ilha é montanhosa e abriga três prédios e um farol. É impossível fugir de lá e cabe a Daniels descobrir como a mulher sumiu.

Algo de muito estranho acontece nesta ilha e nada é o que parece ser. Assim é o clima de "Ilha do Medo", disponível em DVD e Blu-ray, no qual o diretor Martin Scorsese se envereda pelo gênero do suspense. "Ilha do Medo" por ora parece um noir daqueles estrelados por Humphrey Bogart e em outros momentos, um filme de Alfred Hitchcock.

O cineasta se aproveita de closes, alternância de cenas com cortes secos e trilha sonora sinuosa para fazer o espectador imergir na teia de mistérios apresentada na ilha. DiCaprio se sai muito bem na pele de Daniels num caso que era para ser aparentemente fácil de se resolver, mas que se torna uma espiral de contradições afetando severamente o detetive.

Nos extras da produção há dois documentários: “Bastidores” e “No Farol”. A equipe revela detalhes da trama que levam o espectador a entender melhor as sutilezas e metáforas utilizadas no filme que conduzem à jornada de Daniels. Além disso, os transtornos psicológicos são abordados numa análise ao que os pacientes, ditos como seres incuráveis e subumanos, eram submetidos nos anos 50, década no qual o filme se passa. "Ilha do Medo" é um filme que vale ser assistido duas vezes para que todos os detalhes possam ser melhores apreendidos num exercício de bom cinema conduzido por Scorsese e DiCaprio.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O REI DO CINEMA

Saído do Canadá para os Estados Unidos, o diretor James Cameron tem Hollywood a seus pés

As batalhas intergalácticas de "Guerra nas Estrelas" impressionou muitas plateias quando "Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança" estreava em 1977. Um dos espectadores entusiasmados era o jovem James Francis Cameron. Este filme foi o start para ele deixar o trabalho de motorista de caminhão e seguir carreira no cinema. Assim começava o sonho americano do diretor, nascido no Canadá, James Cameron.

Já no ano seguinte ele experimentava o gostinho da arte cinematográfica com o curta-metragem "Xenogenesis", no qual foi diretor, produtor e roteirista. A história trata de um engenheiro e uma mulher que são enviados à uma nave para procurarem um lugar e recomeçarem suas vidas. Cameron teve a oportunidade de trabalhar em "Mercenário das Galáxias" (1980) com Roger Corman, considerado o rei dos filmes B. Cameron ficou responsável pela direção de arte e pelos departamentos de miniaturas e de projeções.

A primeira chance de dirigir um longa-metragem foi em "Piranhas II: Assassinas Voadoras" (1981). “Eu comecei minha carreira com o Roger Corman fazendo filmes bem baratos e era muito bom para mim, só trabalhar e receber o cheque. "Piranhas II" foi a oportunidade que eu tive de aprender a arte de dirigir. Naquela época não podia imaginar onde eu estaria hoje”, afirmou Cameron durante entrevista para o lançamento do DVD e Blu-ray de "Avatar" no Brasil.

FÓRMULA DO SUCESSO
Com fama de perfeccionista, o diretor recebeu o apelido de Iron Jim (Jim de Ferro). Tal apelido se explica pela forma sistemática e exigente dele trabalhar. Um verdadeiro comandante. "O Exterminador do Futuro" (1984), estrelado por Arnold Schwarzenegger, foi a produção que colocou o nome de James Cameron no mapa. O êxito do filme abriu as portas de Hollywood para o diretor. Jim é o tipo de cineasta que sabe exatamente o que o público gosta de ver no cinema. Todos os filmes que dirige são escritos por ele mesmo.

"O Exterminador do Futuro" começava a dar mostras de duas características que se tornaram as marcas de Cameron: a predileção pela ficção-científica e os efeitos especiais. Em seus filmes foram vistos piranhas, cyborgs, extraterrestres, seres estranhos do fundo do mar e agora os humanóides Na’vis de "Avatar".

Outro padrão nos filmes de Cameron é a presença de personagens femininas fortes, grandes heroínas que não precisam de nenhum marmanjo para ajudá-las. Que o diga a agente Ripley de "Aliens - O Resgate" (1986), que sempre consegue escapar da criatura Alien. Ou então a guerreira Sarah Connor de "O Exterminador do Futuro" que peitava cyborgs de frente.

Com Schwarzenegger, o cineasta ainda realizou "O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final" (1991) e "True Lies" (1994). Em "O Segredo do Abismo" (1989), Cameron fez uma história parecida como a de "Contatos Imediatos do 3° Grau", de Steven Spielberg, que mostra uma relação amigável entre humanos e extraterrestres, neste caso seres aquáticos.

Os mistérios aquáticos deixaram Cameron fascinado, resultando em "Titanic" (1997) e mais dois documentários sobre o fundo do mar. Em "Fantasmas do Abismo" (2003), o diretor dentro de um submarino volta ao lugar onde se inspirou para realizar "Titanic". Já em Criaturas das Produndezas (2005), Cameron e um grupo de cientistas da NASA exploram as diversas formas de vida nas profundezas do oceano.

Em 1997 a história do cinema teve um novo capítulo com "Titanic". A produção considerada a mais cara de todos os tempos naquela época se tornou a maior bilheteria mundial com um faturamento de mais de US$ 1,8 bilhão. As mais de três horas de duração do filme não impediram multidões de verem e reverem a trágica história de amor entre Jack (Leonardo DiCaprio) e Rose (Kate Winslet).

"Titanic" ganhou 11 Oscar das 14 categorias a que estava indicado. Em seu discurso de agradecimento, Cameron esbravejou a frase que o tornaria conhecido: “Eu sou o rei do mundo!”, em alusão ao que Jack grita quando está na proa do navio. Hoje "Titanic" virou sinônimo de brega, o típico filme que ninguém aguenta mais ouvir falar, nem ver e a musiquinha tema cantada por Celine Dion então...

ELE É O BOM
No terreno de longa-metragem, Cameron teve um hiato de 12 anos de ausência. Este tempo foi necessário para ele criar ferramentas tecnológicas para o filme que viria a seguir: "Avatar". Ele fundou a empresa de efeitos especiais Digital Domain e a partir de "Fantasmas do Abismo", ele ao lado de Vince Pace, que atua nos departamentos de câmera e efeitos especiais, criou um sistema de vídeo em alta definição. De 1981 pra cá, é possível notar a evolução tecnológica a cada filme de Cameron.

Segundo o diretor, com "Avatar" o cinema chegou ao maior nível de tecnologia. “Estamos em um estágio em que nossa única limitação é a imaginação, ter a capacidade de contar boas histórias. Eu não preciso me preocupar com a tecnologia, pois sei que no meu próximo filme vou ter todas as ferramentas de que preciso, só tenho que contar uma boa história”.

As belas imagens do ecossistema do planeta Pandora em "Avatar" ganham ricos contornos na versão em Blu-ray com sequências de ação altamente cristalinas. "A qualidade de imagem e som conferida no cinema pode também ser vivenciada em casa com o Blu-ray. Em 25 anos de carreira, "Avatar" é a melhor versão de um filme meu para se assistir em casa”, se vangloria.

O Blu-ray de "Avatar" que está nas lojas desde abril, traz apenas o filme, sem nenhum extra. Os colecionadores que preferem uma edição mais requintada, a terá em novembro. “Haverá um Box com quatro discos. Ele terá muitos extras e vamos incluir um documentário sobre as duas viagens que eu fiz ao Brasil. Eu na Floresta Amazônica que tem uma mensagem que ecoa com a mensagem de "Avatar". Colocaremos cenas que estão sendo finalizadas agora, 35 minutos de cenas deletadas. Essa edição especial será excelente para fãs e colecionadores. No mesmo período faremos o anúncio do lançamento da versão em 3-D”.

"Avatar" conquistou o título de maior bilheteria de todos os tempos (sem reajuste de inflação),ultrapassando "Titanic". Mundialmente a produção faturou incríveis US$ 2,7 bilhões. Não é qualquer diretor que consegue tal feito, o de ter duas produções de maior bilheteria no currículo. James Cameron pode dizer que é o rei do mundo, pelo menos no cinema isso ele é.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

VENDO COM OS OUVIDOS

Deficientes visuais têm a chance de enxergar a magia do cinema pela audiodescrição, recurso disponível em Blu-ray de "Chico Xavier"

O filme é uma obra dotada de sons e imagens projetado numa tela que transmite e provoca sensações e emoções no espectador. Mas se o espectador é um deficiente visual, como que um filme pode ser apreciado em sua plenitude? Isso pode se realizar graças a audiodescrição, no qual um narrador descreve personagens, cenários e o que acontece no decorrer da história.

Alessandra Savino, roteirista da audiodescrição de "Chico Xavier" e gerente de dublagem e operações da Sony Pictures, explica que o recurso é um áudio auxiliar que entra nos intervalos do filme em que não há fala, “descrevendo tudo o que está acontecendo em cena, características físicas e psicológicas dos personagens, eventuais efeitos de imagens, transição de cenas e sutilezas”.

Segundo Alessandra, a mixagem da locução foi feita com o áudio um pouco mais alto que o som original do filme para que o espectador consiga fazer a diferenciação. ”É importante que o texto seja bem resumido e que caiba nesses intervalos para não haver ‘atropelo’ de audiodescrição em cima da fala dos personagens”, declara ela.

Para você ter ideia do que é um texto de audiodescrição em um trecho do filme o narrador fala: “Chico trabalha datilografando. Uma mulher atravessa a sala. Ele continua datilografando e para, pois sua vista o incomoda. Ele esfrega os olhos. Abre e fecha os olhos. Chico apanha um lenço e cobre um olho. Sente dor. No lenço, sangue. Assustado, ele anda pela sala vazia”.

EXPERIÊNCIA MÁGICA
Para marcar o lançamento do Blu-ray, a Sony realizou uma sessão para deficientes visuais terem a chance de assistir a produção por meio da audiodescrição. A sessão de "Chico Xavier" parecia como a de qualquer outro filme. As pessoas segurando pipoca e refrigerante se dirigiam à sala de cinema e escolhiam os seus lugares. Mas com o apagar das luzes a experiência de se assistir a um filme tomava um novo significado.

A estudante Sivone de Souza Santos nasceu com retinose pigmentar e quando vai ao cinema sempre tem alguém que a acompanha. Ela senta na primeira fileira e até consegue ver o que está na tela, mas detalhes como a cor dos olhos dos personagens ela já não enxerga. “Eu gostaria que tivesse isso sempre para quando eu for assistir a um filme, não ficar com dúvidas, imaginar o que deve estar acontecendo. Além disso, a audiodescrição não atrapalha quem enxerga, só ajuda a entender mais o filme”, contou ela.

"Chico Xavier" é a terceira produção com audiodescrição no Brasil. As outras são "Irmãos de Fé" e "Ensaio Sobre a Cegueira". "Chico Xavier" foi o primeiro filme com audiodescrição que o atendente de loja André Cadete assistiu. “Gostei muito. Para nós que temos deficiência visual, os detalhes são muito importantes. A audiodescrição ajudou bastante”, disse ele. O representante comercial Rubens da Silva conseguiu entender o filme e até se emocionar. “Eu assisti e me emocionei muito não só com o filme, mas também pelo fato de existir esse tipo de recurso. É uma preocupação que passou a existir para as pessoas que são portadoras de deficiência visual”.

A professora Regina Célia convidou a amiga Karla Queiroz para a sessão especial do filme. “Eu que não enxergo, tive a noção total do que estava acontecendo no filme. Isso é inclusão, me oferecer acessibilidade junto às pessoas que não necessitam dela”, contou Regina. Karla também gostou da experiência. “Fiquei imaginando como deve ser para a Regina, que não consegue ver as cenas do filme. Ele foi bem descrito e foi emocionante encontrar essas pessoas. Nós que às vezes pensamos que tudo é difícil, percebemos que não é bem assim”, falou ela.

Para a audiodescritora Lívia Maria Villela de Mello Motta, o recurso utilizado no filme é uma iniciativa bem-vinda. “Ainda há uma dificuldade grande em expandir o recurso para todos os contextos culturais. Com a audiodescrição há uma ampliação do entendimento em que a pessoa compreende o que está assistindo sem necessitar da ajuda de outra pessoa. Dessa forma ela pode ver um filme autonomamente”.

O ator Paulo Goulart, que em "Chico Xavier" interpreta Saulo Guimarães, anfitrião do programa "Pinga-Fogo" acredita que o mais importante em situações excepcionais é o prazer que as pessoas sentem em continuarem integradas a vida. “Hoje há recursos técnicos que possibilitam essa integração de uma forma muito plena. O enxergar com os ouvidos é uma coisa tão maravilhosa que acaba transformando tudo”. Ao final de uma exibição audiodescritiva, é possível perceber que um filme, mesmo sendo uma obra audiovisual pode sim ser assistido com os ouvidos!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

CINEMA EM ALTA










Mercado cinematográfico indiano e espanhol crescem em 2010

Na Índia, estimativas divulgadas pela empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers mostram que até 2014, o mercado cinematográfico local deve crescer 12.4% com um faturamento de 170,5 bilhões de rúpias. Em 2009, a alta foi de 2,2%.

No primeiro semestre de 2010, as bilheterias da Espanha registraram uma alta de 10% em relação ao ano passado com uma renda de 320 milhões de euros. Os filmes exibidos no formato 3D ficaram responsáveis pelo crescimento, graças a "Avatar", "Alice no País das Maravilhas e "Fúria de Titãs", acompanhados pela "A Saga Crepúsculo: Eclipse". "Avatar" se tornou a maior bilheteria do país com uma renda acumulada de 72 milhões de euros. "Alice" levou 22 milhões. "Eclipse" desbancou "Fúria" com 12 milhões contra 11 milhões de euros.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

ABRINDO AS PORTAS

Mercado chinês ficará mais acessível no ano que vem

A China possui uma restrita política de importação de conteúdo cultural. Mas isso vai mudar no dia 19 de março de 2011. É quando mais produtos de entretenimento poderão entrar no país sem intermediação do governo. No campo cinematográfico, atualmente, apenas 20 produções podem ser importadas ao ano devido à preocupação do governo quanto ao impacto dessas sobre a cultura chinesa.

O ato é para cumprir a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) feita no ano passado exigindo uma maior abertura a importação de produtos culturais e acabar com a distribuição de artigos estrangeiros por estatais chinesas.

IMAX EM ALTA
A China possui 12 salas IMAX e o atual sucesso nesse formato é a produção chinesa "Tangshan Dadizhen" que faturou o equivalente a US$ 23,5 milhões. Está é a primeira produção não estrangeira a ultrapassar os US$ 53 mil por sala IMAX. Até 2014, mais 53 salas IMAX serão instaladas no país.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

HORA DE RECOMEÇAR


Filme "Nosso Lar" do diretor Wagner de Assis apresenta como é a vida após a morte

Existe vida após a morte? Muitos se questionam, alguns não acreditam e outros aceitam que sim, que a morte é apenas uma continuação da vida terrena. Para colocar em evidência tal fato, o filme "Nosso Lar" estreia hoje para mostrar como é a vida após a morte. O filme é baseado no livro "Nosso Lar" (1944), psicografado por Chico Xavier e atribuído ao espírito André Luiz. A obra faz parte da coleção "A Vida no Mundo Espiritual" e é a mais vendida de Xavier.

O personagem principal do filme é André, vivido pelo ator Pedro Prieto. Ele é espírita e faz adaptações de livros para peças teatrais com essa temática. Na verdade esse tema anda fazendo o maior sucesso depois da boa carreira do longa "Chico Xavier" nos cinemas. Em "Nosso Lar", André sente que acordou de um sonho e percebe que não faz mais parte do mundo dos vivos.
No livro André fala: “A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões”.

No filme são expostos três terrenos: Terra, Umbral e Nosso Lar. No primeiro André é um médico que tem uma vida estável com a família. O Umbral é uma espécie de purgatório no qual ele vai após desencarnar. O local é sombrio, o médico sente muitas dores no corpo e na alma. Nenhum de seus conhecimentos poderão ajudá-lo naquele lugar.

Já o Nosso Lar é uma espécie de hospital espiritual criado no século 16. É nesse lugar futurístico composto por vários ministérios, no qual tudo tem um porque e um sentido. Todas as perguntas de André serão respondidas no seu devido tempo.

O filme é ambicioso e traz nomes fortes. A produção é de Iafa Britz ("Se Eu Fosse Você"). Os efeitos visuais foram produzidos pela empresa canadense Intelligent Creatures ("Sr. e Sra. Smith", "Babel", "Hairspray - Em Busca da Fama"). A tilha sonora é conduzida por Philip Glass ("As Horas") e a direção de fotografia tem a assinatura de Ueli Steiger ("O Dia Depois de Amanhã").

A direção e o roteiro ficaram a cargo de Wagner de Assis, que anteriormente trabalhou em A Cartomante. Assis conversou com NO MUNDO DO CINEMA e explica detalhes da realização de "Nosso Lar", que promete impressionar o público com um tema onírico e um visual rebuscado no qual explora a vida depois da vida. Confira!

Como o senhor se envolveu no projeto de "Nosso Lar"?
Eu busquei a Federação Espírita Brasileira no início de 2005 para conversar sobre a vontade de fazer um filme a partir do livro Nosso Lar, mas uma produção que desse à história tudo o que ela merece, fosse na parte técnica, fosse em aspectos dramáticos. Ao mesmo tempo, queríamos fazer um filme que fosse visto por pessoas de todas as religiões, raças, interesses filosóficos, explorando o aspecto universal do tema principal da história - a vida depois da vida. Não há nada doutrinário no filme. Ele é feito para todos.

O que lhe atraiu na história de "Nosso Lar"?
Dois aspectos são muito fortes quando se lê o livro - o paradigma que a história apresenta, aquele famoso "e se fosse assim", que o cinema tão bem explora, a respeito da vida depois da vida. Esse fato, aliado à credibilidade do trabalho do Chico Xavier, traz ao livro uma aura de "documento", de informação verdadeira. O outro aspecto é o visual - uma cidade pairando nas regiões circunvizinhas a Terra? Uma região de depuração, purgatorial? Fluidos, energias, outros tipos de materiais moldando prédios? Bem, isso tudo é muito interessante. A imortalidade da alma nunca me pareceu tão plausível, tão verdadeira também.

Qual foi o tempo de realização de "Nosso Lar"?
O projeto começou seu estágio mais embrionário a partir de 2006, com o roteiro. Depois, a pré-produção começou em novembro de 2008. Filmamos de julho a setembro de 2009. E finalizamos em um ano exatamente.
Fale um pouco sobre as etapas de pré-produção, filmagem e pós-produção de "Nosso Lar".
Tudo foi uma descoberta. A pré-produção foi intensa porque precisávamos definir coisas para sempre, mas muitas coisas não existiam de fato, como locações virtuais. Fizemos uma reunião de análise técnica que durou uma semana inteira, 12 horas por dia, se não foi a maior, deve ter sido uma das maiores reuniões já feitas. As filmagens transcorreram com os percalços e imprevistos de sempre. Acho que a pós-produção é que foi a mais intensa em relação aos outros filmes porque praticamente continuamos no mesmo ritmo de filmagens - desenvolvendo imagens e mais imagens no Canadá.

O filme contou com uma equipe internacional. Como foi organizar toda a logística e fazer o trabalho acontecer?
Maravilhoso, porque são profissionais extremamente competentes em todos os aspectos. Assim, só temos a agradecer pela dedicação e pelo amor que empreenderam nesse trabalho.

Como espera que o público receba o filme?
Enchendo as salas de cinema! A gente sempre espera o melhor, né? Faz um filme, conta uma história, esperando que todos se emocionem, se interessem, pensem um pouco, sorriam, enfim, vivam por um par de horas aquela proposta de viagem pelo mundo da magia do cinema. Acho que não existe uma onda de filmes com esse tema - mas sim, um interesse concreto do público por ele. Isso é sinal dos tempos em que vivemos. Acho que essa temática sai da literatura e aporta no cinema com força, seja em comédias, dramas ou aventuras.

O senhor acha que "Nosso Lar" pode passar alguma mensagem para o espectador?
Acho que um filme que se pretende a "passar uma mensagem" está correndo um risco de segmentar seu público. Não levantamos bandeiras, não afirmamos nada. Contamos uma história. Mas ela é poderosa e causa impacto nas pessoas - isso podemos afirmar pelos primeiros testes que temos feito. Tem uma trilha sonora sensacional, tem muita informação na tela - que faz debater e pensar um pouco depois sobre a vida, sobre aqueles que já se foram, sobre quem somos. Talvez muitos sairão do cinema pensando - e se essa história for um símbolo do que acontece de fato depois que morremos? O filme é feito para essas pessoas também, que não acreditam, que apenas se propuserem a ver a "fantasia" da história. Ao mesmo tempo, muita gente pode sair do cinema querendo saber mais sobre o tema "mundo espiritual". Há livros e mais livros sobre isso, principalmente da obra do Chico Xavier, da série André Luiz. A proposta deste filme é contar uma história poderosa. E que a história tenha vida própria junto aos espectadores. Porque aí essa é uma nova história...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O NOVO CINEMA PORTENHO

Produções argentinas caem nas graças do público e da crítica. "O Segredo dos Seus Olhos" é um exemplar desta safra

A Argentina já passou por diversas crises econômicas. O setor cinematográfico foi abalado, mas esta área foi amparada pelo Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA). Com leis de incentivo do Fundo de Fomento Cinematográfico, o cinema portenho foi ganhando cada vez mais força. Nos anos 2000, uma nova leva de roteiristas e diretores foram aparecendo e assim surgiu o que veio a se chamar de “Novo Cinema Argentino”.

O sucesso de Nove Rainhas na Europa em 2000 fez o mundo virar os olhos para o cinema argentino. Fabián Bielinsky, Daniel Burman e Juan José Campanella são alguns dos importantes nomes da cinematografia argentina. O grande ícone da Sétima Arte local é Ricardo Darín que estrela o filme "O Segredo dos Seus Olhos" sob a batuta de Campanella. Esta é a quarta colaboração entre os dois que trabalharam anteriormente em "O Mesmo Amor, A Mesma Chuva" (1999); "O Filho da Noiva" (2001) e "Clube da Lua" (2004).

Benjamín Espósito (Darín) é um oficial de justiça aposentado que vem adiando o sonho de escrever um romance. A ideia para o livro ele já tem e foi algo que marcou a sua vida. Em 1974 quando estava na ativa, Espósito investigava o caso de uma mulher que foi estuprada e morta. Por anos em busca de pistas, a investigação do crime não foi solucionada. As peças que faltavam completar este intricado quebra-cabeça sempre perturbaram a vida do oficial.

25 anos se passam e esta história mal resolvida continua a atormentar Espósito. As lembranças o fazem repensar o que tem feito da própria vida. "O Segredo dos Seus Olhos" é um belo exemplar do noir moderno que traz o tema da violência que guia os personagens, o anti-herói Espósito cheio de imperfeições, a presença forte da figura feminina.A grandeza de "O Segredo dos Seus Olhos" está nas pequenas coisas. A marca do cinema argentino está na simplicidade das histórias que com a intensidade latina faz os filmes pulsarem emoções. A produção se tornou a maior bilheteria da Argentina dos últimos 35 anos com um faturamento de US$ 8,5 milhões. Este sucesso pode ser visto e revisto agora com a chegada dele em DVD.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ADRENALINA DE PRIMEIRA

























Thiago Lacerda indica trilogia de seu gênero de filme favorito: ação

Eu adoro os blockbusters. Sou muito fã da trilogia Bourne. Os três filmes são muito bacanas. Os filmes de ação americanos eu assisto de joelhos. Eu vejo os filmes da trilogia e fico pensando: meu Deus! Que inveja de ter um material desse na mão. É olhar para esses filmes e imaginar como que eles fizeram aquelas cenas. É aristotélico, criativo, incrível!"
Thiago Lacerda
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O astro do "Eu Recomendo" deste mês, Thiago Lacerda, pode ser visto no filme de ação "Segurança Nacional". Ele teve a chance de experimentar um gênero pelo o qual tem fascínio e também um que não é muito visitado na cinematografia brasileira. Em "Segurança Nacional", Lacerda vive Marcos Rocha, agente da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência). Ele toma frente na missão de impedir que um narcotraficante ataque o SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia).

Em entrevista a NO MUNDO DO CINEMA, o galã disse torcer para que "Segurança Nacional" seja apenas o primeiro de muitos filmes de ação nacional. “Ouço há muitos anos o papo de que brasileiro não sabe fazer filme de ação. Não podemos acreditar nisso. Tem de haver liberdade e coragem para a cinematografia brasileira fazer o que quiser. Podemos fazer o que quisermos, é só uma questão de acreditar e ter uma estrutura mínima para ser feito”, declarou ele.

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Quem é Jason Bourne?

Em um mar revolto, tripulantes de um barco encontram um corpo cravejado de balas. O homem é resgatado e ao acordar não sabe onde está e muito menos quem é. Ao chegar em terra firme, ele parte em busca de sua identidade. Ao ser abordado por policiais, o homem se defende habilmente e fala outra língua. Mas por que será? Em sua investigação descobre que se chama Jason Bourne e mora em Paris.

Com pequenas informações Bourne vai montando o quebra-cabeça de sua vida. Este é o fio da meada da trama da "Trilogia Bourne' que conta com os filmes: "A Identidade Bourne", "A Supremacia Bourne" e "O Ultimato Bourne".

O primeiro estreou em 2002 com Doug Liman na direção. Mas foi com o segundo sob o comando de Paul Greengrass que também dirigiu o terceiro, que a trilogia ganhou uma cara ao explorar a câmera nervosa na mão com estilo documental, a ação eletrizante, embates mano a mano, edição em ritmo de videoclipe e um herói cerebral vivido incrivelmente por Matt Damon.