sexta-feira, 30 de abril de 2010

CIDADÃO BRASILEIRO

James Cameron marca presença no Brasil para palestra em Fórum de Sustentabilidade e para lançamento de "Avatar" em home video

O cineasta James Cameron que dirigiu o batedor de recordes "Avatar" esteve no Brasil pela primeira para participar de dois eventos. Primeiro ele compareceu como palestrante no Fórum Internacional de Sustentabilidade nos dias 26 de março, em Manaus (AM). O tema abordado por ele foi “Como e porque sensibilizar a sociedade para a importância e urgência da conservação da Amazônia: a experiência pessoal de um cineasta”.

No dia 11 de abril, Cameron retornou ao Brasil para promover o lançamento do filme "Avatar" em DVD e Blu-ray, ao lado do produtor Jon Landau e os atores Sigourney Weaver e Joel David Moore, que interpretam Dra. Grace Augustine e Norm Spellman respectivamente. "Avatar", tem claras mensagens sobre a forma como o homem lida com os recursos naturais do planeta. O ponto central do filme é o conflito entre uma corporação e os seres Na'vi. O intuito da corporação é extrair um raro minério do solo do Planeta Pandora, habitat dos Na'vi, nem que isso signifique a aniquilação da floresta e dos seres humanóides.

AVATAR NO BRASIL
Durante a entrevista coletiva para o lançamento do DVD e Blu-ray de "Avatar", Cameron foi indagado sobre a possibilidade dele dirigir "Avatar 2" na floresta amazônica. Ele falou que não entraria com uma equipe de filmagem na floresta, pois haveria muito dano à mata. “'Avatar' se passa em um mundo virtual criado por computador. Fizemos o primeiro filme em computação gráfica. Nós filmamos os atores e os transformamos em dados. Houve um papo estranho de que filmamos na Venezuela, mas não, tudo foi gerado pelo computador, cada folha, árvore... Mas desde que eu cheguei ao Brasil e vi a beleza da floresta brasileira, existe agora uma possibilidade muito forte de fazermos a fotografia tomadas aéreas do filme aqui, para 'Avatar 2'”, afirmou ele.

A mensagem ambientalista que o filme traz à tona foi para Cameron motivo de curiosidade em saber como foi a recepção de 'Avatar' pelos brasileiros. “Com toda sinceridade, durante a realização do filme eu fiquei curioso em saber como o público brasileiro reagiria ao filme. A questão do desmatamento, da preservação das florestas fazem parte do debate nacional no Brasil”. Preocupado com as questões ambientais, o cineasta espera que a temática ecológica de Avatar possa tornar os espectadores mais conscientes. “Eu criei Avatar para abrir os olhos das pessoas e enxergar o mundo pensando o que tem sido feito, o que precisa ser feito e qual o nosso dever”, declarou ele.

terça-feira, 27 de abril de 2010

SEXY AQUECIMENTO

As garotas de "Sex and the City" ganham coleção especial enquanto o segundo filme não estreia

Em 28 de maio chega aos cinemas "Sex and the City 2". Mas até lá os fãs poderão matar a saudade de Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte com o DVD "The Essencial Collection". A coleção terá todos os episódios das seis temporadas e ainda um disco bônus com homenagens, painel de discussão dos roteiristas, finais alternativos e cenas inéditas. Agora é preparar seu drinque Cosmopolitan, colocar seus saltos Manolo Blahnick e apertar o play para conferir os amores e as desilusões dessas quatro amigas nas ruas de Nova York a partir de hoje.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

EXPORTAÇÃO DE FILMES

Brasil fortalece ações para promoção do cinema brasileiro no mercado internacional

O cinema nacional acaba de ganhar mais força para conquistar territórios internacionais. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo (Siaesp) renovaram o contrato do Programa Cinema do Brasil, com investimentos de R$ 8,45 milhões, até 2011, para ampliar e consolidar a entrada de produções brasileiras no mercado internacional. Ainda estão previstos incentivos na ordem de R$ 400 mil para subsidiar o lançamento de 20 filmes brasileiros no exterior.

A meta do Programa consiste em investir em ações voltadas para a participação de produtoras e agentes de vendas brasileiros em eventos internacionais para facilitar as co-produções e a promoção da imagem do cinema brasileiro no exterior. Para o biênio 2010/2011, está programada a presença de produtores nacionais em mercados como os de Cannes, Miami, Ventana Sur e Berlim. O plano também é promover encontros com produtores canadenses e espanhóis e a vinda de compradores dos mercados-alvo escolhidos pelo projeto para encontros de negócios na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival de Gramado.

A Apex-Brasil e o Siaesp definiram sete mercados internacionais de atuação: Reino Unido, Espanha, Alemanha, França, Canadá, Estados Unidos e Argentina. Atualmente, são beneficiadas pelo programa 150 produtoras de diversos estados do Brasil: Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. Algumas produções como "É Proibido Fumar"; "Cinema, Aspirinas e Urubus"; "Os Famosos e os Duendes da Morte" e "À Deriva" tiveram o suporte do Programa Cinema do Brasil.

O presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira acredita que a presença brasileira no exterior reforça a boa imagem do país. “A qualidade dos filmes tem crescido e ajudam o posicionamento da imagem do Brasil. Com o talento dos brasileiros, vamos tornar nosso cinema uma referência mundial", afirma Teixeira.Como resultados do projeto, já foram realizadas co-produções com França, Inglaterra, Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, Canadá, Chile, Colômbia e México.

O programa tem apoiado o lançamento de filmes reconhecidos como: "Estômago", "Era uma Vez", "Divã", "Antônia" e "Durval Discos". O presidente do Programa Cinema do Brasil, André Sturm, ressalta a importância do Programa. "O apoio da Apex-Brasil é fundamental para a continuação da internacionalização do cinema brasileiro e mostra o reconhecimento da agência ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Programa Cinema do Brasil", afirma Sturm.

CONFIRMADO!

"À Prova de Morte" finalmente estreia no Brasil

Após três anos de seu lançamento nos Estados Unidos, o filme "À Prova de Morte" vai ser lançado no Brasil. A produção é dirigida por Quentin Tarantino e faz parte do projeto "Grindhouse" que é um filme duplo dividido em "À Prova de Morte" e "Planeta Terror". Esse último é dirigido por Robert Rodriguez e estreou em 2008. "À Prova de Morte" antes pertencia a distribuidora Europa Filmes, mas como os direitos da produção expiraram agora é a PlayArte que fica responsável pela distribuição no Brasil, com estreia confirmada para 23 de julho nos cinemas.

MÁFIA EM ALTA

A saga "O Poderoso Chefão" chega restaurado em Blu-ray e abre espaço para outros filmes sobre o crime organizado

Don Corleone, Al Capone, Tony Montana, John Dillinger, Tony Soprano, Bugsy Siegel. Estes personagens fazem parte da história do cinema com filmes que retratam todas as falcatruas e artimanhas que envolvem uma organização criminosa conhecida como máfia. A gana pelo poder guia estes homens achacados. Sob a pele de chefe de família há o homem que contrabandeia, trafica e extorque. "Inimigo Público" (1931) foi uns dos primeiros filmes a abordar o universo da organização no qual dois amigos de infância se tornam ladrões, explorando a venda de bebidas durante a Lei seca.

A máfia se popularizou no cinema nos anos 70 com a clássica trilogia "O Poderoso Chefão", dirigido por Francis Ford Coppola. Don Vito Corleone é o patriarca de uma família mafiosa de Nova York. Seu plano é passar os negócios da família para seu filho Michael que acaba de retornar da Segunda Guerra. Michael não se interessa pela máfia, mas se vê forçado a assumir o controle quando o pai sofre um atentado.

"O Poderoso Chefão" e "O Poderoso Chefão: Parte II" passaram por um minucioso processo de restauração supervisionada pelo próprio Coppola. Os filmes foram restaurados quadro-a-quadro, utilizando tecnologia digital. Já "O Poderoso Chefão: Parte III" recebeu uma nova remasterização. A trilogia em Blu-ray chega no dia 27 de abril às lojas pelo preço de R$ 89,90 cada e tem os ricos comentários de Coppola nos Extras.

__________________________________________________________
MÁFIA, ROUBOS E MORTES

Confira seis filmes sobre a máfia em todo seu esplendor e decadência

Scarface
(1983)
Direção: Brian De Palma
Elenco: Al Pacino, Michelle Pfeiffer
Tony Montana é um refugiado cubano que vai para Miami. Lá ele faz sua breve e violenta ascensão ao alto escalão no négócio de tráfico de drogas na cidade.

Os Intocáveis
(1987)
Direção: Brian De Palma
Elenco: Kevin Costner, Sean Connery
Jovem policial, com uma equipe de policiais incorruptíveis, declara guerra a Al Capone, tentando impedir o tráfico de bebidas do criminoso durante a Lei seca americana.

Era Uma Vez na América
(1984)
Direção: Sergio Leone
Elenco: Robert De Niro, James Woods
Jornada de dois amigos de descendência judaica que crescem juntos cometendo pequenos delitos. Com o passar dos anos, os crimes vão ganhando proporções maiores no mundo da máfia judaica.

Os Bons Companheiros
(1990)
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Robert De Niro, Ray Liotta
Trajetória de Henry Hill e de seus companheiros Jimmy e Tommy no mundo da máfia em meio a brigas e golpes. Quando se envolvem com traficantes de drogas suas vidas correm risco.

Gomorra
(2008)
Direção: Matteo Garrone
Elenco: Salvatore Abruzzese, Toni Servillo
Visão moderna e brutal da máfia italiana na organização Camorra. O lucro está no contrabando de drogas e mercadorias e na eliminação clandestina de resíduos tóxicos.

Inimigos Públicos
(2009)
Direção: Michael Mann
Elenco: Johnny Depp, Christian Bale
Durante a Depressão, o governo americano tenta deter os criminosos John Dillinger, Baby Face Nelson e Pretty Boy Floyd, os colocando como inimigos públicos do país.

terça-feira, 20 de abril de 2010

BONECOS EM AÇÃO

Bonequinhos de plástico são os personagens da divertida animação "Uma Cidade Chamada Pânico"

Na versátil animação "Uma Cidade Chamada Pânico", os personagens são bonecos de plástico como aqueles que muita gente teve na infância. Índio, Vaqueiro e Cavalo moram juntos. O Cavalo parece uma pessoa. Ele toma banho na banheira, lê jornal e dirige. É aniversário dele e os atrapalhados amigos do Cavalo esqueceram de comprar um presente. Matutando o que poderia ser um ótimo agrado ao querido amigo, Índio e Vaqueiro decidem comprar 50 tijolos para construírem uma bela churrasqueira para Cavalo. Por acidente, em vez de comprarem 50 tijolos, eles compram 50 milhões. E agora, o que eles farão com tanto tijolo?

A animação é uma co-produção entre França, Bélgica e Luxemburgo. Ela foi realizada com a técnica do stop-motion, no qual os objetos em cena são fotografados quadro a quadro. Entre um fotograma e outro é necessário mudar a posição do que está sendo fotografado, para dar a ilusão de que eles estão se movimentando. No caso de "Uma Cidade Chamada Pânico", os realizadores tiveram trabalho em dobro, pois todos os personagens e objetos se movimentam com muita rapidez.

Assistir a "Uma Cidade Chamada Pânico" dá vazão às lembranças de infância nas brincadeiras de construir uma cidade, montar uma fazendinha, criar diálogos para cada boneco e uma rotina para eles. A sensação é que toda essa brincadeira ganha vida com os bonecos em movimento e conversando. O filme é igual a imaginar coisas malucas, meio sem sentido como toda brincadeira de criança é. "Uma Cidade Chamada Pânico" chega hoje em DVD.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A SENSAÇÃO 3D

Filmes em três dimensões invadem os cinemas em 2010 com apelo sensorial do público

Que tal subir ao palco do show do U2, voar em uma casa presa por balões ou ser um avatar? É isso o que promete a nova moda nos cinemas, os filmes em três dimensões (3D). As imagens em 3D criam uma ilusão ótica dando as cenas uma profundidade de campo e a impressão de que objetos saltam da tela ou de que tudo o que é visto seja real. O filme Alice no País das Maravilhas é um dos muitos exemplos do que tem sido feito com a tecnologia.

Mas antes de você ficar pensando que o 3D é uma tecnologia complicada, saiba que o efeito do 3D acontece em nós mesmos, no nosso cérebro. O globo ocular é composto de três camadas e basicamente possui a córnea (funciona como uma primeira lente), a íris (parte colorida) e a pupila (localizada no centro da íris que controla a entrada de luz no olho). No seu interior há uma segunda lente, o cristalino que juntamente com a córnea faz a focalização das imagens sobre a retina. “O globo ocular tem por função focalizar em seu interior os raios luminosos oriundos dos objetos, sob a forma de imagem óptica, que é transformada em impulsos nervosos e enviados ao cérebro onde são processados, gerando a percepção visual. Enxergamos pelo cérebro”, explica Osvaldo Travassos de Medeiros, médico e membro titular da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

O sistema ótico humano se assemelha ao sistema da lente de uma câmera fotográfica. O olho foca a imagem pela córnea e o cristalino sobre a retina. A câmera foca pela lente que projeta a imagem no filme. Tanto o olho como a lente projetam imagens invertidas. O cérebro faz com que a pessoa ao enxergar tal imagem seja condicionada a entendê-la corretamente.

Medeiros fala que a visão do ser humano é binocular. Isso contribui para que os objetos sejam vistos simultaneamente, embora cada um deles focalizando imagens em ângulos diferentes. “O cérebro recebendo imagens com pequena disparidade angular de cada olho realiza a fusão unificando-as e enriquecendo a visão. Surge aí a terceira dimensão, o 3D, a visão estereoscópica”.

O médico afirma que a separação entre os olhos e as distâncias relativas entre os objetos fazem com que a imagem tenha ângulos diferentes em cada olho. O cérebro ao realizar a fusão das imagens de ambos os olhos permitirá o entendimento da profundidade e das distâncias relativas entre os objetos. “A visão em terceira dimensão é consequente da visão binocular, do uso simultâneo de ambos os olhos e da fusão, que é a integração cortical (cerebral) das imagens de cada olho em ângulos ligeiramente díspares”. Com isso, a tecnologia 3D permite ao espectador, a visualização das cenas de um filme de forma semelhante ao que é visto pessoalmente.

Medeiros utiliza em suas aulas e palestras a tecnologia 3D. “A motivação, entusiasmo e experiência na área 3D vem de algum tempo quando na carreira universitária fiz uma segunda tese para professor livre docente criando o aparelho OTMStereotest, para medir a visão tridimensional e contribuir na prevenção da cegueira, muito utilizado por oftalmologistas do Brasil e do exterior”.

VISUALIZAÇÃO DO 3D

O médico Osvaldo Travassos de Medeiros, membro titular da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e professor na Universidade Federal da Paraíba é responsável pela criação do aparelho OTMStereotest, que mede a visão tridimensional para a prevenção da cegueira. Medeiros utiliza o 3D em aulas e palestras e com grande conhecimento na área, nesta entrevista ele explica como se enxerga uma imagem em 3D.

O que diferencia a visão de um objeto real e de um filme em 3D?
MEDEIROS -
No filme em 3D é criado uma semelhança da visão real em que os objetos são vistos por ambos os olhos em ângulos diferentes e unificados no cérebro. O efeito 3D surge pela captação simultânea de ambos os olhos das imagens previamente selecionadas para cada olho.

Como o olho humano se comporta ao ver um filme em 3D?
MEDEIROS -
As imagens projetadas guardam um certo distanciamento em virtude da angulação. Quando os olhos convergem para manter a fusão cerebral das imagens surge a sensação que as imagens saltam da tela ou contribuem para ilusão de volume. Sem os óculos especiais as imagens projetadas aparecem duplicadas.

Assistir a filmes em 3D força a visão?
MEDEIROS -
Não, desde que o filme não exagere nos efeitos, principalmente os de aproximação das imagens, para não fadigar os músculos que são responsáveis pela convergência ocular e focalização. Se o espectador não apresentar acuidade visual normal em ambos os olhos terá dificuldade em perceber as imagens em terceira dimensão. Caso a pessoa só enxergue por um olho não terá condições de perceber o efeito tridimensional.

TECNOLOGIA 3D

Para a exibição de filmes em 3D, existem quatro empresas que fornecem a tecnologia para as salas de cinema de todo o mundo: a americana Real D, a sérvia XpanD, a coreana Master Image e a europeia Dolby 3D. No Brasil, a Real D é utilizada pela rede Cinemark. A XpanD está nos complexos Box Cinemas do Brasil e a Dolby 3D nos complexos dos Cinemas Severiano Ribeiro/ Kinoplex e UCI. Segundo Luiz Gonzaga de Luca, diretor-superintendente dos Cinemas Severiano Ribeiro/ Kinoplex, para a exibição de filmes em 3D é utilizado o projetor DLP Cinema, que chega no Brasil ao custo de R$ 500 mil. O Severiano Ribeiro conta com 16 projetores desses. Num país com 2.184 salas, 114 têm projeção digital 3D.

FERRAMENTA
Esqueça os arcaicos óculos de cartolina dos anos 50. Agora para ver um filme em 3D, os óculos são modernos, parecidos com óculos escuros. E nada de lentes vermelhas e azuis. Os novos óculos possuem lentes polarizadas. Luciano Silva, gerente de tecnologia da Rede Cinemark Brasil, explica que esses óculos permitem uma melhor noção de profundidade de campo do que o antigo aparato. Sem eles a imagem na tela fica duplicada. “Isso acontece porque são projetadas duas imagens, sequencialmente para o olho esquerdo e direito numa velocidade muito alta, gerando a sensação de imagem embaralhada”, conta Silva.

3D EM CASA
O 3D representa algo que a pessoa não consegue ter em outro lugar. Isso acarreta em uma invasão aos cinemas. Mas será que o 3D terá seu lugar também nas casas das pessoas? O diretor-superintendente dos Cinemas Severiano Ribeiro/ Kinoplex acredita que como há um grande sucesso com os filmes produzidos em 3D, o home video terá a tecnologia nos próximos dois, três anos. "O 3D é uma grande novidade. Os avanços tecnológicos vão parar na televisão. Isso é inegável. O 3D vai alavancar o setor de home video”.

Na cidade de Las Vegas (EUA), aconteceu em janeiro a Consumer Electronics Show (CES), maior feira de eletroeletrônicos do mundo. No evento, marcas como LG, Samsung, Panasonic, Toshiba e Sony apresentaram televisores e Blu-rays para conteúdo 3D. Uma delas é a TV Viera Panasonic TC-PG20, que chega ao mercado americano ainda este ano. No Brasil a LG sai na frente e no final de abril coloca no mercado cinco modelos de TV 3D das séries LX9500 (47’’ e 55’’) e LEX 6500 (42’’, 47’’ e 55’’).

No exterior, as empresas Sony, Discovery e Imax anunciaram a criação de um canal em 3D. O canal de esportes ESPN promete para junho a transmissão da Copa do Mundo e dos jogos da NBA em três dimensões. Em relação aos DVDs em 3D, algumas distribuidoras do Brasil se aventuraram na área. Títulos como "Jonas Brothers: O Show", "Os Mosconautas", "Scar - A Marca do Mal" e o pack Sexta-Feira 13 são alguns deles. Mas o óculos de cartolina e a iluminação do ambiente em que se vai assistir a um filme 3D influenciam na qualidade e o resultado é que não se consegue visualizar as cenas. Elas ficam embaralhadas.

HISTÓRIA DO 3D

O primeiro filme em três dimensões foi "The Power of Love" (1922) sobre uma mulher que é prometida a um homem que não ama para salvar o pai da bancarrota. Mas "Bwana Devil" (1952) é conhecido como o precursor do gênero. A história mostra trabalhadores de uma companhia de estrada de ferro, que são atacados por leões. No lançamento da produção, o anúncio da propaganda dele era: “O que você quer? Um bom filme ou um leão no seu colo?”.

A década de 50 ficou marcada nos Estados Unidos pela invasão dos aparelhos de televisão nos lares americanos. As pessoas sumiram das salas de cinema para se aconchegarem no sofá de casa. Em pânico, os produtores dos estúdios decidiram criar algo para fazer o público voltar às salas de projeção. Surgia a técnica Naturalvision, que consistia em uma imagem anáglifa que passa a ter um efeito estereoscópico (tridimensional) quando visualizada por um óculos feito de cartolina e lentes de plástico azul e vermelho. O cérebro une a imagem da cor vermelha sobreposta à cor azul e assim cria a ilusão do efeito em três dimensões.

Muitos filmes passaram a ser produzidos no formato 3D. "House of Wax" (1953), "Spooks!" (1953) e "The Stewardesses" (1969) foram alguns deles. Mas a baixa qualidade de muitas delas acabaram sepultando o formato. Apenas um título e outro como "Tubarão 3D" (1983) e "A Hora do Pesadelo 6 - Pesadelo Final - A Morte de Freddy" (1991) surgia depois.
Se nos anos 50, o advento da TV foi o que afugentou o público dos cinemas, agora em 2010, é a internet que faz com que as pessoas passem mais tempo em casa em frente à tela do computador. Por isso, o 3D é resgatado das cinzas com a promessa de levar as pessoas de volta as salas de projeção e vivenciarem uma incrível experiência cinematográfica.

O QUE VEM POR AÍ
O retorno do 3D ao cinema foi em meados de 2000 com a empresa RealD a frente da implantação da tecnologia em salas de cinema. Muitos filmes dessa fase são documentários sobre esportes, natureza e o espaço. "Magnificent Desolation: Walking on the Moon 3D" (2005) é um exemplo. Em 2009, 16 produções em 3D entraram em cartaz e em 2010 serão 21. Aguardadas produções no formato para este ano são "Alice no País das Maravilhas", "Toy Story 3", "Shrek para Sempre" e "Tron: O Legado". Mais do que uma tecnologia, o 3D é uma forma de deixar o espectador mais próximo da história do filme. Ele permite a entrada em um mundo ilusório, afinal de contas o cinema trata de magia. Com o número de filmes em 3D crescendo a cada ano, a certeza é que ele veio para ficar.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

PARCEIROS IMPROVÁVEIS

"Dupla Implacável" coloca John Travolta e Jonathan Rhys Meyers no meio de um ataque terrorista

Luc Besson ficou conhecido nos anos 90 ao dirigir o filme de ação "Nikita". Depois fez "O Quinto Elemento" e "Joana D’Arc". A partir de 2000 ele começou a se dedicar mais ao trabalho de produtor e roteirista. É nesses campos que Besson tem se dado bem. Muitas produções de ação recentes e de boa qualidade levam a assinatura dele, como a trilogia "Carga Explosiva", as duas partes de "B13" e "Busca Implacável".

A nova empreitada de Besson é como roteirista de "Dupla Implacável' que estreia hoje nos cinemas. No filme que mistura ação e comédia, John Travolta é um agente secreto que vai a Paris impedir que um ataque terrorista aconteça. Para isso ele conta com a ajuda de um funcionário da embaixada americana (Jonathan Rhys Meyers) que sonha em ir além do trabalho burocrático.

O filme segue a linha da velha história de parceiros que não têm nada em comum e precisam reunir forças para salvar o mundo. Uma dupla famosa desse filão é Martin Riggs e Roger Murtaugh de "Máquina Mortífera". Travolta se sai bem na pele do agente careca e com cavanhaque e brinquinho na orelha. A direção tem a assinatura de Pierre Morel que tem mostrado uma boa mão para conduzir seus filmes como pode ser visto em "B13 - 13° Distrito" e "Busca Implacável". No fim "Dupla Implacável" cumpre o que promete. É um filme ligeiro com boas cenas de ação e toques de comédia na medida certa.

A RAINHA DO BUMBUM

Vida de Rita Cadillac, símbolo sexual do passado é revelada em documentário

“O que me abriu as portas foi o meu corpo”. É isso que o símbolo sexual dos anos 80 e 90, Rita Cadilac fala no documentário sobre sua vida: "Rita Cadillac - A Lady do Povo". O filme mostra a rotina de Rita de Cássia Coutinho que concilia a vida pacata dos afazeres domésticos com os shows que faz em casas noturnas.

O diretor Toni Venturi expõe detalhes da infância dela, a primeira profissão que foi como prostituta e sua ascensão meteórica na televisão por causa de sua popular derrière nos programas do apresentador Chacrinha. A dançarina ficou famosa ao receber o título de madrinha dos presidiários em função dos shows que realizava no presídio Carandiru em São Paulo. A dançarina também se enveredou pelo universo dos filmes pornográficos.

A produção traz depoimentos da transformista Rogéria, que ensinou a dançarina a explorar sua sensualidade; Leleco, filho do Chacrinha, Drauzio Varella e de Hector Babenco, no qual declara que na próxima encarnação quer ser Rita Cadillac. é interessante ver que uma mulher desejada como Rita ser também uma mulher comum, que vai a feira , faz o almoço e à noite realiza seus shows.

O problema do documentário é que ele ficou um pouco datado. Em diversos momentos mostra ela com o então marido Luiz Nóbrega e no final aparecer uma legenda explicando que ela se separou. Além disso as aparições de Venturi são estranhas. Ele não se decide por qual formato de documentário quer fazer. A conclusão com o filme é que nos altos de seus 55 anos, Rita Cadillac vive do corpo sem ter vergonha disso.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

COMUNICAÇÕES ESPIRITUAIS

Vida do médium Chico Xavier é colocada na tela em filme dirigido por Daniel Filho

A única certeza que o ser humano tem é a de que vai morrer. Apesar disso ser certo, muitos mistérios envolvem essa questão. A doutrina espírita ensina que existe um universo no qual há vida após a morte, as pessoas reencarnam e vivem para sempre. Aqueles que se foram se tornam espíritos que vivem entre nós e se comunicam com quem tem o dom do mediunismo. Este universo fascinante se tornou conhecido no Brasil em especial pela vida do médium Chico Xavier, cuja vida acaba de ganhar uma versão cinematográfica no filme homônimo dirigido por Daniel Filho.

Chico Xavier nasceu como Francisco de Paula Cândido em 2 de abril de 1910. O filme explora a infância dele no qual aos quatro anos já manifestava seu dom ao ver a imagem da mãe já desencarnada. Quando adulto, sob a orientação de seu guia espiritual Emmanuel, passou a ajudar o povoado de sua cidade com a escritura de cartas e livros psicografados. Durante sua vida, Chico escreveu 412 livros e morreu aos 92 anos em 30 de junho de 2002. O filme estreia na data do centenário de nascimento do médium.

O filme é baseado no livro As Vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior. Três atores se dividiram para viver o médium no cinema em três fases de sua vida. Na infância, o ator Matheus Costa; na juventude, Ângelo Antônio e na velhice, Nelson Xavier que consegue fazer uma ótima caracterização do médium. Em paralelo a história de Chico há um casal em crise, interpretado por Tony Ramos (Orlando) e Christiane Torloni (Glória), que não conseguem superar a perda do filho, tanto que o desejo dela é receber uma carta psicografada do filho.

O filme consegue tocar fundo até aqueles que não seguem a doutrina espírita, ao revelar que a perda de um ente querido é dolorosa independente da crença que se tem. Chico se denomina como um carteiro que recebe muitas cartas e que depois as entrega. Mais do que uma simples carta, o médium entregava um alento de paz a famílias imersas na dor do luto e na eterna saudade.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

CLÁSSICOS PARA A PÁSCOA





















“Para quem tem criança em casa alugue 'A Vida de Brian' e 'Em Busca do Cálice Sagrado', do grupo de comediantes Monty Phyton. O Monty Phyton é sensacional! 'A Vida de Brian' mostra a vida de Jesus e é um filme bacana porque as crianças não conhecem o Monty Phyton e eu acho legal apresentá-los para as crianças”.
Fernanda Torres
_________________________________________________________

Duas dicas imperdíveis para passar a comemoração em família

Já que em abril tem as comemorações da Paixão de Cristo no dia dez e a Páscoa no dia 12, as dicas da atriz Fernanda Torres caem como uma luva para este mês. O grupo de humoristas Monty Phyton a qual ela se refere é formado por Terry Gilliam, John Cleese, Michael Palin, Terry Jones e Erica Idle. Eles começaram a fazer esquetes na televisão inglesa com o programa "Monty Phyton Flying Circus" entre os anos 1969 e 1974. No cinema o grupo se popularizou com os filmes "Monty Phyton - Em Busca do Cálice Sagrado" (1975) e "Monty Phyton - A Vida de Brian" (1979). A característica do humor do grupo inglês é trabalhar com o surreal e acontecimentos absurdos.

"Monty Phyton - Em Busca do Cálice Sagrado" é uma das melhores comédias do cinema mundial. O rei Arthur precisa de alguns homens para formar os Cavaleiros da Távola Redonda. Eles têm a missão de encontrar o Cálice Sagrado. O filme é um festival de tiradas hilárias. Os cavaleiros não se locomovem em cima de cavalos, mas fingem que cavalgam, seus servos batem cascas de coco para imitar o barulho do casco do animal. Na jornada eles terão de enfrentar o Coelho Assassino e os Cavaleiros que Dizem Ni. Em "A Vida de Brian" o grupo Monty Phyton ousa tirar sarro da religião. Brian nasce no dia de Natal e é judeu. Ele se junta a um grupo que tenta sabotar o governo romano. Brian se mete em várias situações bizarras e acaba eleito pelo povo o Messias, aquele que trará paz ao mundo. A mensagem do filme é: “Olhe sempre para o lado bom da vida”.