sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A VOLTA DA BOA SACANAGEM

“Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas” chega aos cinemas com o velho estilo escrachado do seriado de televisão

A série “Os Normais” foi um grande sucesso enquanto esteve no ar entre 2001 e 2003. No calor do momento chegava no ano seguinte à extinção do seriado, o seu longa-metragem intitulado “Os Normais - O Filme”. A produção mostra como começou a história de amor de Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) num formato tradicional de comédia romântica cinematográfica. Seis anos depois e agora é lançado a segunda parte: “Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas”. Para Torres esse espaço de seis anos foi necessário para o público sentir saudade.

O novo filme entra no gás que o seriado tinha com a agilidade dos diálogos e dos acontecimentos. É uma forma do público matar saudade das desventuras amorosas de Rui e Vani. É um episódio longo do seriado como o tempo da história numa noite só. Rui e Vani já estão noivos há 13 anos e eles estão loucos para dar uma renovada na relação. E para eles nada melhor do que chamar uma mulher para um ménage à trois.

Fernanda Young, co-roteirista do filme ao lado do marido Alexandre Machado considera o ménage a história ideal para Rui e Vani. A ideia de buscar alguém para salvar um relacionamento. “O ménage é uma coisa que passa na cabeça de todo casal. Lá pelas tantas você acha que é capaz. Todo mundo pensa nisso enquanto casal. Uma terceira pessoa num relacionamento de 13 anos é sempre um amante excluído, o segredo, a mentira. Acho bonito que eles queiram uma outra pessoa incluída no amor deles”, revela a roteirista em coletiva de imprensa.

Durante a entrevista a equipe do filme foi questionada sobre o porquê de se fazer um ménage com duas mulheres e não com dois homens. Para a roteirista é muito mais estético e mais fácil de ser entendido pelo público. Guimarães comentou que no programa já se apresentava esse aspecto do Rui com mulheres ou a possibilidade de Vani se relacionar com uma amiga. “Mas se fosse por esse caminho de um ménage com dois homens iríamos para um filme francês, seria um outro filme” (risos), conta o ator. “E está provado nos anais que é melhor um homem e duas mulheres” (risos), completa Torres.

O humor exposto no filme é rasteiro, similar ao que era no seriado, mas a exploração da sexualidade em “Os Normais 2” é um capítulo além do seriado, já que se tem mais liberdade para abordar essa questão no cinema do que na televisão aberta. “Nesse filme aumentamos o tamanho da sacanagem. Procuramos explorar uma sexualidade brincalhona, como se fosse a volta da boa sacanagem, aquela sacanagem que está nas mesas dos bares, no banheiro feminino e procuramos levar isso pro filme. Esse é o ganho em relação ao seriado”, declara o diretor José Alvarenga Jr.

Na tela é inegável a química entre os atores Luiz Fernando Guimarães e Fernanda Torres. O bom do filme é a interação deles com o humor nos diálogos e na comédia física em cena. “Eu tinha uma saudade de estar com o Luiz em cena. Apesar de sermos amigos, não nos encontramos muito. Deu pra matar saudade do Luiz, dos personagens, do texto, do Alvarenga. E tínhamos saudades do humor escrito pela Fernanda e o Alexandre”, conta a atriz. E segundo ela o resgate aos personagens depois de seis anos demorou só 15 minutos. “Chegamos para fazer a primeira cena e estávamos lentos e o Rui e a Vani exigem uma rapidez”, diz Torres. “Criamos uma matemática de fala pro Rui e a Vani nesses anos que quando fomos retomar não era nossa mais. Tivemos que voltar a aquela agilidade nas palavras”, complementa Guimarães.

“Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas” estreia em um ano em que as comédias nacionais estão com tudo. “Se Eu Fosse Você 2”, “Mulher Invisível” e “Divã” arrasaram nas bilheterias brasileiras, o que mostra a força desse gênero. “Ter essa característica da comédia está na nossa história. A chanchada é um exemplo disso. O que acontecia era um preconceito dos artistas em fazerem comédia no cinema. Ainda bem que as comédias estão voltando. Não que seja um gênero que vai salvar o cinema brasileiro. Mas é um gênero necessário porque ele traz prazer, uma reflexão a partir desse prazer. Temos que pensar que o prazer é fundamental’, fecha o diretor de “Os Normais 2”. Então boa sacanagem e risadas pra você.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

É PRECISO VER PARA ACREDITAR

Descubra o que tem por trás do filme de ação “JCVD”, que chega as locadoras

Um ator decadente de filmes de ação vive uma maré de azar. Ele luta pela custódia da filha, mas perde porque só faz filmes violentos. Afogado em dívidas, precisa desesperadamente de um novo papel para receber uma graninha. Mas ele perde para ninguém menos que Steven Seagal, que decidiu cortar seu famoso rabo-de-cavalo.

Desiludido, ele volta para sua cidade de origem, Bruxelas. O ator vai a um banco tentar sacar algum dinheiro, mas algo inesperado acontece. A polícia chega na entrada do banco, a imprensa e curiosos também. A notícia é de esse ator está assaltando o banco e faz várias pessoas como reféns. Ele exige seis milhões de dólares!

Você deve estar se perguntando que diabos é esse filme. Realmente a trama é surreal. Fica mais bizarra quando se descobre que JCVD é a sigla do nome de Jean-Claude Van Damme! Isso mesmo, aquele baixinho belga que foi um grande sucesso nos anos 80 e 90, estrela esse filme em que interpreta a si mesmo.

“JCVD” é um verdadeiro achado, que acaba de chegar as locadoras. As coisas que vão acontecendo ao longo do filme são extremamente absurdas. A produção é uma verdadeira experiência surreal, o que o torna muito divertido. “JCVD” faz uma grande sátira ao universo de um ator que vai do sucesso ao fracasso e ao território do cinema.

O filme é bem engenhoso. A abertura do filme é todo em um plano-sequência em que Van Damme está fazendo uma cena em que enfrenta vários inimigos e precisa salvar a mocinha indefesa. O diretor grita: “Corta!”. Van Damme exausto fala para o diretor que ele tem 47 anos e é muito difícil fazer todas as coreografias de luta numa só tomada. O diretor ironiza ao dizer que Van Damme acha que eles estão fazendo “Cidadão Kane”. É engraçadíssimo. Mostram-se as situações do filme sob vários pontos de vista, porque realmente tudo o que acontece é inacreditável.

A central que a polícia forma para negociar com Van Damme é em uma locadora. Em meio a prateleiras cheias de filmes os policiais tentam entender como que um astro do cinema foi capaz de chegar a esse estado. O Banco é onde acontece os melhores momentos do filme.

Um homem que está no Banco é um grande fã de Van Damme e não se conforma de ele não estar em Hollywood fazendo filmes. Ele fala que o ator foi responsável por levar o diretor John Woo para Hollywood. Se não fosse o Van Damme, Woo ainda estaria na China filmando pombos. Que o diretor tinha de ter escalado o ator para fazer “A Outra Face” e por aí vai. No meio de toda a tensão, o cara ainda pede para Van Damme ensiná-lo o seu famoso chute. Ele pega um coitado de um refém e pede para o ator tirar o cigarro da boca dele. Simplesmente demais! O melhor é quando esse homem inventa de tentar dar o chute, mas acerta a boca de outro.

No meio de tantos absurdos, ainda há um monólogo existencial de Van Damme sobre tudo que aconteceu em sua vida. “JCVD” é um filme franco, em que o ator não tem medo de fazer piada de si mesmo e com isso mostra que por que não se pode dar uma nova chance a Van Damme? Dê ao ver “JCVD”.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

“NÓS SOMOS AS LUVAS VERDES, A GENTE VEM TE PEGAR...”

Hoje começa a 20° edição do Festival Internacional de Curta-Metragens de São Paulo. O festival reúne produções nacionais, latino-americanas e internacionais. Na oficina Crítica Curta será exibido o filme "Vinil Verde"

“Nós somos as luvas verdes, a gente vem te pegar...” Esse é o refrão de uma musiquinha sinistra que vai perdurar por toda a história do curta-metragem “Vinil Verde” (2004). Mãe e filha moram no bairro Casa Amarela, em Recife. Todos os dias a mãe acorda a filha. Um ritual em que a mãe abre as cortinas e a filha acorda. A mãe sai para trabalhar e à noite ela e a filha assistem à televisão. Certo dia, a mãe dá a filha uma caixa cheia de disquinhos de vinis coloridos. Dentre a miscelânea de cores, a mãe diz para a filha que pode ouvir todos, menos o vinil da cor verde. Antes de sair para trabalhar, a mãe reforça o pedido de não ouvir o disco verde.

A mãe vai trabalhar e a menina corre para ouvir seus disquinhos. Ela coloca na agulha do tocador a tal disco verde. “Nós somos as luvas verdes, a gente vem te pegar...”. A musiquinha é tocada e a filha se diverte. A noite cai, a mãe chega do trabalho. A mulher está sem um braço. O que teria acontecido? Mãe e filha assistem à televisão no sofá. A mãe faz cafuné na filha. Um novo dia começa. Antes de sair para trabalhar a mãe pede para a filha não tocar o disco verde. A filha fica sozinha e coloca para tocar o disco verde. A noite chega. Será que aconteceu algo com a mãe de novo? Aí resta você ver o filme e ver o que acontece.

”Vinil Verde” é simples e ao mesmo tempo riquíssimo. O diretor, Kleber Mendonça Filho transformou uma singela cantiga numa história grande com uma estética original e uma metáfora sobre as fases da vida. O filme é uma adaptação livre de uma fábula infantil russa chamada “Luvas Verdes”. É um similar da historinha brasileira “Boi da Cara Preta”. Ou seja, contos infantis para dar muito medo nas crianças e assim elas não desobedecerem a seus pais.

“Vinil Verde” são 15 minutos engraçados e de muita aflição. É sobre uma menina, que como na cantiga fala é de uma criança num mundo de fantasias e imaginação. Um mundo no qual uma menina está crescendo e que não ouve os conselhos da mãe. Não porque é desobediente, mas porque está amadurecendo e ficando independente.

O curta é uma referência ao cinema de Chris Marker, que realizou o filme ‘La Jeteé” por meio de fotografias. A história de “Vinil Verde” se desenvolve por fotografias “still”, composta por 500 fotogramas ao todo, reveladas, escaneadas e montadas. Em cada foto, as atrizes e as ações viram movimentos contínuos. Cada fotograma imprime a sensação mútua de medo e euforia. No escurinho do cinema, “Vinil Verde” diverte e ao mesmo tempo provoca risadas nervosas e um frio na espinha toda vez que a profetizada musiquinha é tocada. E ao final quem não se comportar resta saber se as luvas verdes também vão te pegar!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"CORUMBIARA" EM GRAMADO


No último sábado teve encerramento no Rio Grande do Sul, a 37º edição do Festival de Cinema de Gramado. O grande ganhador foi "Corumbiara", que levou cinco Kikitos, incluindo melhor longa metragem brasileiro e diretor para Vincent Carelli, que dividiu o prêmio com Paulo Nascimento de "Em Teu Nome". Este filme ficou logo atrás com quatro Kikitos. Na categoria longa estrangeiro, a co-produção entre Peru/Espanha, "A Teta Assustada" acrescentou mais prêmios para a sua vencedora trajetória. Ela levou quatro Kikitos: melhor filme, direção (Claudia Llosa), atriz (Magaly Solier) e júri de estudantes de Cinema. "Teresa" levou três prêmios, incluindo melhor curta metragem.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

TEMPOS DE PAZ

A dupla Daniel Filho e Tony Ramos retornam aos cinemas com o drama “Tempos de Paz”, que estréia dia 14 de agosto

18 de abril de 1945, aniversário do presidente Getúlio Vargas. Neste dia chega ao Rio de Janeiro, então capital do Brasil, um navio vindo da Europa com imigrantes poloneses cheios de sonhos de uma nova vida no país. Dentre eles está Clausewitz (Dan Stulbach), um ex-ator polonês que agora quer trabalhar como agricultor no Brasil. Na revista da Alfândega, os documentos do polonês levantam suspeitas de que ele possa ser um nazista. Nessa fase pós-segunda Guerra, o governo Vargas procurava ampliar seu prestígio junto ao EUA. Dessa forma, não se aceitava a entrada de imigrantes nazistas no país.

É aí que entra o personagem Segismundo (Tony Ramos). Ele é o responsável pelo departamento de imigração e também, torturador quando a coisa aperta. Para descobrir o que Clausewitz pretende fazer no Brasil, Segismundo interroga o polonês em uma sala nos confins de um prédio da Imigração.

É nessa sala escura e cheia de arquivos que vai se desenrolar a história de "Tempos de Paz". Para Clausewitz conseguir seu salvo conduto para permanecer no Brasil, ele terá que convencer a Segismundo de que não é um nazista. Ele conta muitas histórias sobre a difícil vida na Polônia, mas o funcionário não acredita em nada. Até que Segismundo sugere o seguinte: se Clausewitz o fizer chorar ele está livre para transitar pelo Brasil. A veia artística de Clausewitz ressurge em meio ao desespero por conseguir o salvo conduto. Ele conta uma história para Segismundo, que se torna um longo monólogo de convencimento.

O filme é baseado na peça de teatro “Novas Diretrizes em Tempos de Paz”. A história pode até funcionar no clima do teatro, mas na tela do cinema ela se perde. O monólogo de Clausewitz é extremamente exagerado e longo. No teatro em que monólogos são uma constante isso dá certo, mas no cinema é muito problemático. O embate entre Segismundo e Clausewitz é arrastado. A língua é um empecilho para os dois se entenderem. Em função disso, Dan Stulbach, que se parece muito com o ator Tom Hanks, faz de Clausewitz parecer uma versão do personagem Viktor Navorski que Hanks interpreta no filme “O Terminal”, já que ambos estão em terra estrangeira. Pode parecer maldade, mas é verdade.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

YO JOE!

Os queridos Comandos em Ação ganham finalmente sua versão para os cinemas e o resultado é morno

Os bonecos G.I Joe ou Comandos em Ação, mais conhecidos assim aqui no Brasil, fizeram parte da infância de muita gente. A Hasbro, marca detentora da linha G.I. Joe decidiu se reinventar e embarcou no universo do cinema em parceria com o estúdio Paramount na adaptação de brinquedos para a tela grande. A primeira aposta foi Transformers, os carros que se transformam em incríveis robôs. As máquinas já renderam dois filmes: "Transformers" (2007) e a segunda parte, “A Vingança dos Derrotados”, que é o hit de 2009. Com essa calorosa recepção, ficou mais fácil lançar “G.I. Joe: A Origem de Cobra”.

Para dirigir a aventura foi chamado Stephen Sommers, responsável pelos filmes de “A Múmia”. Para trabalhar com elementos dos anos 20 em “A Múmia”, Sommers mostrou habilidade, mas perde a mão quando se envolve com um mundo do século 21 em “G.I. Joe”. O filme abusa da computação gráfica e o visual futurístico para contar a história de um grupo de elite que deve impedir a destruição do mundo pelas mãos do maquiavélico vilão Destro. A versão cinematográfica não passa de um filme de ação mediano, que agrada mesmo o público jovem louco por tecnologia e videogame. Durante o filme é inevitável se perguntar se você está assistindo a um filme ou a um jogo. As batalhas parecem saídas de interface de games.

“G.I. Joe: A Origem de Cobra” se assemelha muito a série “Quarteto Fantástico”. Isso que dizer que o filme tem um grupo de heróis formado por um galã, uma bela e destemida mulher, um nerd expert em tecnologia e pelo engraçadinho da turma que só abre a boca pra dizer besteira. O vilão parece saído de um filme de “Austin Powers”, que faz muitas caretas. Só faltou um gatinho para o malvadão acariciar.

A história é bem mastigada para o público entender bem quem está do lado do bem e que está do lado do mal. A produção faz muitas inserções de flashbacks, que fazem o filme perder o fôlego. O que se salva mesmo é a vilã Baronesa, interpretada por Siena Miller e a incrível destruição da Torre Eiffell. E só.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

CENÁRIO CINEMATOGRÁFICO

Com recém 120 anos completados, a Torre Eiffel, ícone da cultura francesa, é um monumento para ambientar muitos filmes

324 metros, 7300 toneladas de ferro em um corpinho de 120 anos formam um dos ícones monumentais do mundo, a Torre Eiffel. No último dia 15 de maio foram comemorados seus respeitáveis 120 anos de existência. Símbolo de Paris, na França, a estrutura metálica se tornou uma grande personagem do cinema aos longos dos anos.

Muitos são os filmes que tiveram a Torre Eiffell como parte de suas histórias. No filme "Van Helsing - O Caçador de Monstros", o monumento ainda estava em construção. Ele serviu como pano de fundo para o esfuziante beijo do casal Christian e Satine em "Moulin Rouge - Amor em Vermelho". Já na comédia romântica "Surpresas do Coração" a Torre mal pode ser vista por Kate, personagem de Meg Ryan, pois, atarefada indo atrás de seu noivo, não tem tempo para apreciá-la. O monumento aparece só de relance em grandes produções como "Independence Day" e no novo "Transformers: A Vingança dos Derrotados".

Destruição
A Torre Eiffel se prestou também para ambientar muitas estripulias e desastres. Em "Um Lobisomem Americano em Paris", uma jovem lobisomem tenta se suicidar saltando da Torre Eiffel. Mas ela é salva por um americano que tinha planos de saltar de bungee jumping no mesmo local. Até o agente James Bond já foi se aventurar por lá em "007 Na Mira dos Assassinos", com Roger Moore. Ele enfrenta a vilã May Day (Grace Jones) que para escapar dos tiros disparados por Bond, se joga do topo da estrutura de ferro e abre seu paraquedas. Porém, o agente continua no encalço da moça que a persegue pelas ruas de Paris. A clássica sequência termina com 007 dirigindo um táxi que se desfaz no meio do caminho.

O chinês Jackie Chan não poderia faltar nesta lista de confusões em Paris. Ele encena incríveis lutas coreografadas e escorregões pelas estruturas da Torre em "A Hora do Rush 3". Malabarismos nas alturas para deixar qualquer espectador suando frio na poltrona. E quem disse que o monumento escapa dos roteiros que adoram a ideia de fazer a Torre Eiffel desaparecer? Pois existem. Na aventura "Superman II", Lois Lane vai cobrir um evento na capital francesa. Terroristas a mando de Lex Luthor colocam uma bomba no elevador para jogar pelos ares o símbolo dos franceses. Lois inventa de se esconder nas engrenagens do elevador. E só o Super-homem para salvá-la.

No japonês "Godzilla: Final Wars", o monstrengo ataca a Torre Eiffel e os monstrinhos extraterrenos de "Marte Ataca!" também. Além disso, as marionetes de "Team América - Detonando o Mundo" aproveitam para acabar com ela. E até outra comédia fez isso: "A Corrida do Século". No hilário filme de Blake Edwards, várias pessoas partem em uma corrida que começa em Nova York e tem a linha de chegada em frente à Torre Eiffel. Na comemoração, um dos carros dispara uma bomba que simplesmente explode o monumento.

E claro que não poderia faltar um filme catástrofe para assolar com a coitada Torre. "Armageddon" foi o encarregado disso. "G. I. Joe: A Origem de Cobra," que estreia no dia sete de agosto, tem uma incrível destruição da Torre Eiffel pelas mãos do ninja Storm Shadow e a Baronesa. Mas nem tudo é ruína. Fora das telas, mas ainda no mundo do cinema, o astro Tom Cruise aproveitou o cenário e o clima romântico para pedir a mão da atriz Katie Holmes em casamento. Pano de fundo, palco para aventuras, romance e destruição. Tudo é motivo para celebrar e perdurar um ícone mundial no cinema. Um verdadeiro “tour de force”.

sábado, 1 de agosto de 2009

TÁ TUDO DOMINADO

Os robôs de "Transformers: A Vingança do Derrotados" não brincam em serviço e abocanham o primeiro lugar nas bilheterias americanas

Os Autobots e Decpticons de "Transformers: A Vingança do Derrotados" se uniram pelo menos nas bilheterias, para conquistarem o posto de número um na bilheteria mais acirrada do universo: a dos Estados Unidos. O verão por lá é entre junho e setembro, mas quando se trata de negócios, o chamado “verão americano” compreende entre os meses de maio a agosto. Por isso, é hora de calcular os ganhos que milhares de americanos depositaram durante as férias no cinema.

O “verão” é a fase mais lucrativa da indústria cinematográfica americana e nessa época os estúdios lançam suas produções mais comerciais. Foram mais de 100 estreias para todos os gostos. No entanto, as produções de ação milionárias são as que dominam. Cinco grandes produções foram lançadas neste período: "X-Men Origens: Wolverine", "O Exterminador do Futuro: A Salvação", "Transformers: A Vingança do Derrotados", "Star Trek" e "G.I Joe: A Origem da Cobra". A Paramount sai na frente já que distribui esses últimos três filmes.

A trajetória de "Transformers: A Vingança do Derrotados" merece destaque. O filme foi orçado em US$ 200 milhões e já se pagou em incríveis cinco dias de exibição. A produção estreou numa quarta-feira (24/06) e até o domingo (28/06) acumulou US$ 201,2 milhões ficando atrás apenas de "Batman - O Cavaleiro das Trevas". O homem morcego capturou US$ 203,8 milhões em caixa no ano passado. "Transformers" teve a maior abertura para um mês de junho sem estrear numa sexta-feira e nem ter um feriado programado. Ele também bateu recordes nas salas IMAX, com US$ 14,4 milhões contra "Star Trek" (US$ 8,5 milhões).

Rapidamente sobre a renda mundial de "Transformers", a continuação estreou em 58 países e já arrecadou US$ 428 milhões, o que junto a bilheteria americana (US$ 398 milhões) soma US$ 826 milhões. Com uma campanha como essa, a medalha de ouro já vai para os robôs. Apesar dessa incrível campanha de "Transformers: A Vingança do Derrotados", ainda sobraram algumas verdinhas para outras produções.
Na lista não poderia faltar uma animação da Disney. "Up - Altas Aventuras" ficou com a prata e US$ 288 milhões no bolso. "Star Trek" já levou 256 milhões e ficou com a medalha de bronze. Logo atrás vem o mutante Wolverine agarrando seus US$ 179 milhões. Fechando o Top 5 ficou a grande surpresa do verão: "Se Beber, Não Case". A comédia com orçamento de US$ 35 milhões já ultrapassou a marca dos US$ 260 milhões. Ainda restam os valores de "Harry Potter e o Enigma do Príncipe' e de "G.I Joe: A Origem da Cobra". Uma boa briga contra "Transformers: A Vingança do Derrotados". É esperar para ver.