Hoje começa a 20° edição do Festival Internacional de Curta-Metragens de São Paulo. O festival reúne produções nacionais, latino-americanas e internacionais. Na oficina Crítica Curta será exibido o filme "Vinil Verde"
“Nós somos as luvas verdes, a gente vem te pegar...” Esse é o refrão de uma musiquinha sinistra que vai perdurar por toda a história do curta-metragem “Vinil Verde” (2004). Mãe e filha moram no bairro Casa Amarela, em Recife. Todos os dias a mãe acorda a filha. Um ritual em que a mãe abre as cortinas e a filha acorda. A mãe sai para trabalhar e à noite ela e a filha assistem à televisão. Certo dia, a mãe dá a filha uma caixa cheia de disquinhos de vinis coloridos. Dentre a miscelânea de cores, a mãe diz para a filha que pode ouvir todos, menos o vinil da cor verde. Antes de sair para trabalhar, a mãe reforça o pedido de não ouvir o disco verde.
A mãe vai trabalhar e a menina corre para ouvir seus disquinhos. Ela coloca na agulha do tocador a tal disco verde. “Nós somos as luvas verdes, a gente vem te pegar...”. A musiquinha é tocada e a filha se diverte. A noite cai, a mãe chega do trabalho. A mulher está sem um braço. O que teria acontecido? Mãe e filha assistem à televisão no sofá. A mãe faz cafuné na filha. Um novo dia começa. Antes de sair para trabalhar a mãe pede para a filha não tocar o disco verde. A filha fica sozinha e coloca para tocar o disco verde. A noite chega. Será que aconteceu algo com a mãe de novo? Aí resta você ver o filme e ver o que acontece.
”Vinil Verde” é simples e ao mesmo tempo riquíssimo. O diretor, Kleber Mendonça Filho transformou uma singela cantiga numa história grande com uma estética original e uma metáfora sobre as fases da vida. O filme é uma adaptação livre de uma fábula infantil russa chamada “Luvas Verdes”. É um similar da historinha brasileira “Boi da Cara Preta”. Ou seja, contos infantis para dar muito medo nas crianças e assim elas não desobedecerem a seus pais.
“Vinil Verde” são 15 minutos engraçados e de muita aflição. É sobre uma menina, que como na cantiga fala é de uma criança num mundo de fantasias e imaginação. Um mundo no qual uma menina está crescendo e que não ouve os conselhos da mãe. Não porque é desobediente, mas porque está amadurecendo e ficando independente.
O curta é uma referência ao cinema de Chris Marker, que realizou o filme ‘La Jeteé” por meio de fotografias. A história de “Vinil Verde” se desenvolve por fotografias “still”, composta por 500 fotogramas ao todo, reveladas, escaneadas e montadas. Em cada foto, as atrizes e as ações viram movimentos contínuos. Cada fotograma imprime a sensação mútua de medo e euforia. No escurinho do cinema, “Vinil Verde” diverte e ao mesmo tempo provoca risadas nervosas e um frio na espinha toda vez que a profetizada musiquinha é tocada. E ao final quem não se comportar resta saber se as luvas verdes também vão te pegar!
“Nós somos as luvas verdes, a gente vem te pegar...” Esse é o refrão de uma musiquinha sinistra que vai perdurar por toda a história do curta-metragem “Vinil Verde” (2004). Mãe e filha moram no bairro Casa Amarela, em Recife. Todos os dias a mãe acorda a filha. Um ritual em que a mãe abre as cortinas e a filha acorda. A mãe sai para trabalhar e à noite ela e a filha assistem à televisão. Certo dia, a mãe dá a filha uma caixa cheia de disquinhos de vinis coloridos. Dentre a miscelânea de cores, a mãe diz para a filha que pode ouvir todos, menos o vinil da cor verde. Antes de sair para trabalhar, a mãe reforça o pedido de não ouvir o disco verde.
A mãe vai trabalhar e a menina corre para ouvir seus disquinhos. Ela coloca na agulha do tocador a tal disco verde. “Nós somos as luvas verdes, a gente vem te pegar...”. A musiquinha é tocada e a filha se diverte. A noite cai, a mãe chega do trabalho. A mulher está sem um braço. O que teria acontecido? Mãe e filha assistem à televisão no sofá. A mãe faz cafuné na filha. Um novo dia começa. Antes de sair para trabalhar a mãe pede para a filha não tocar o disco verde. A filha fica sozinha e coloca para tocar o disco verde. A noite chega. Será que aconteceu algo com a mãe de novo? Aí resta você ver o filme e ver o que acontece.
”Vinil Verde” é simples e ao mesmo tempo riquíssimo. O diretor, Kleber Mendonça Filho transformou uma singela cantiga numa história grande com uma estética original e uma metáfora sobre as fases da vida. O filme é uma adaptação livre de uma fábula infantil russa chamada “Luvas Verdes”. É um similar da historinha brasileira “Boi da Cara Preta”. Ou seja, contos infantis para dar muito medo nas crianças e assim elas não desobedecerem a seus pais.
“Vinil Verde” são 15 minutos engraçados e de muita aflição. É sobre uma menina, que como na cantiga fala é de uma criança num mundo de fantasias e imaginação. Um mundo no qual uma menina está crescendo e que não ouve os conselhos da mãe. Não porque é desobediente, mas porque está amadurecendo e ficando independente.
O curta é uma referência ao cinema de Chris Marker, que realizou o filme ‘La Jeteé” por meio de fotografias. A história de “Vinil Verde” se desenvolve por fotografias “still”, composta por 500 fotogramas ao todo, reveladas, escaneadas e montadas. Em cada foto, as atrizes e as ações viram movimentos contínuos. Cada fotograma imprime a sensação mútua de medo e euforia. No escurinho do cinema, “Vinil Verde” diverte e ao mesmo tempo provoca risadas nervosas e um frio na espinha toda vez que a profetizada musiquinha é tocada. E ao final quem não se comportar resta saber se as luvas verdes também vão te pegar!
Bom Texto'
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