quarta-feira, 26 de outubro de 2005

JEJUM DE AMOR


Quem procura uma comédia romântica das antigas, a pedida é “Jejum de Amor”. O filme é estrelado pelo galante Cary Grant, ator de outras comédias românticas como “Boêmio Encantador”, “Cupido é Moleque Teimoso” e “Carícias de Luxo”. Neste aqui, Grant é Walter Burns, um editor de jornal disposto a tudo para impedir que sua ex-mulher, a repórter Hild Johnson (Rosalind Russell) se case com o corretor de seguros Bruce Baldwin.

Walter manipula o caso de Earl Williams, um homem simples preso por ter matado um policial. Esse fato faz com que o editor se aproveite da situação para, além de reconquistar a ex-esposa, não perder a sua melhor repórter e obter um furo contando a história da fuga de Earl e como isso acarreta num caso de corrupção no sistema judicial.

O filme é uma avalanche de diálogos rápidos e conta com um elenco de ótimo timing para uma comédia ágil que mantém o espectador envolvido durante todo o filme.

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

WILLY WONKA ESTÁ DE VOLTA!

Tim Burton e Johnny Depp lançam a nova versão para o clássico infantil “A Fantástica Fábrica de Chocolate”

Quem tem mais de 25 anos, deve se lembrar do filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate”. Pois agora, a produção ganha uma refilmagem pelas mãos do excêntrico diretor Tim Burton. Nesta nova versão, Willy Wonka, dono da fábrica de chocolate é encarnado pelo também excêntrico Johnny Depp. Esta é a quarta colaboração entre os dois. Eles trabalharam em “Edward Mãos de Tesoura”, “Ed Wood”, “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça” e na animação “A Noiva-Cadáver, que estreia no final do ano.

Em “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, Willy Wonka, que viveu recluso por anos, reaparece para promover um sorteio. Ele oferece a um grupo de crianças, a chance de conhecer a sua fábrica de chocolate. Para isso, o chocolateiro coloca aleatoriamente, cinco bilhetes premiados em barras de chocolate espalhadas pelo mundo. Daí começa uma louca caçada pelos bilhetes dourados. Os cinco felizardos do sorteio são: o gordinho louco por chocolates, Augustus; a petulante Veruca; o viciado em videogame Mike; a competitiva Violet e o sonhador Charlie. As portas se abrem e um passeio fantástico está para começar.

Em meio a tantas guloseimas, o gostoso mesmo é ver a interpretação de Johnny Depp. É ele quem rouba a cena ao fazer um divertidíssimo Willy Wonka, meio efeminado e com um certo repúdio por crianças. Provavelmente, ele deve receber uma indicação de melhor ator em comédia no Globo de Ouro do ano que vem.

Como a produção é uma refilmagem, as comparações são inevitáveis. Esta nova versão lembra pouco ao original de 1971. Toda a ingenuidade do primeiro filme dá lugar a obscuridade. E quando se trata de um longa de Tim Burton, deve-se sempre esperar algo mais sombrio. O colorido em tons suaves do original, agora ganha tons escuros alternados com os vibrantes. Os ajudantes de Willy Wonka, os Oompa Loompas, são mais moderninhos em suas canções de lição de moral. Desta vez, o chocolateiro é um homem perturbado pelas lembranças do severo pai. E a trama é mais bem amarrada, o que dá ao filme a oportunidade de ir mais além na explicação de algumas coisas.

Na verdade, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” é um filme mais para adultos do que para crianças. Mas no final, todos acabam se deleitando com o divertido passeio. É um apetitoso programa para o final de semana. Dispense o refrigerante e a pipoca e leve uma barra de chocolate. Pegue seu bilhete premiado e vá se deliciar com “A Fantástica Fábrica de Chocolate”.

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

REVOLUÇÃO EM CELULÓIDE

"Sin City - A Cidade do Pecado" chega para quebrar todas as regras e se destaca como um dos filmes mais originais de todos os tempos

Bravo! É o que se tem a dizer ao final da projeção de "Sin City - A Cidade do Pecado". Esqueça tudo o que você já viu e prepare-se para perambular pelas perigosas ruas da cidade do pecado, onde o sangue jorra solto. "Sin City" é uma adaptação da graphic novel (romance gráfico) criado por Frank Miller. A graphic novel é uma espécie de histórias em quadrinhos. Ela se diferencia pela temática mais adulta e um conteúdo mais denso e fechado, ou seja, as histórias têm começo, meio e fim. Mas "Sin City" não é uma adaptação qualquer. Ele inova pelo apuro visual e narrativo. O responsável por tal feito é o diretor Robert Rodriguez ("A Balada do Pistoleiro"), que chamou o cartunista Frank Miller para co-dirigir o filme com ele.

A produção foi filmada com o recurso do chroma-jey (fundo verde), na cor preto-e-branco. Mas no decorrer do filme, as cores vermelho, amarelo, azul e verde servem para identificar algumas coisas, como o céu ou a cor dos olhos de uma personagem. O banho de sangue ao longo do filme é nas cores vermelho, amarelo e claro, o branco, no melhor estilo quadrinhos P&B. O filme utiliza os mesmos diálogos e enquadramentos da graphic novel. A sensação que se tem é a de ver os quadrinhos literalmente em movimento. Resultado: um dos filmes mais espetaculares de todos os tempos.

O filme é a junção de três histórias paralelas: “A Cidade do Pecado”, "A Grande Matança”e “O Assassino Amarelo”, além do curta “O Cliente Sempre tem Razão”, que dá início a produção. A primeira história, “A Cidade do Pecado” nos apresenta o brutamontes Marv (Mickey Rourke), um homem amargurado que parte em busca de vingança após a morte de sua amada, Goldie. Antes de matar suas vítimas, Marv adora torturá-las com métodos pouco ortodoxos. Daí pode-se imaginar o banho de sangue pela frente. “A Cidade do Pecado” é a melhor das três histórias e quem brilha nela é o canastrão Mickey Rourke, mais lembrado pelo filme "9 1/2 Semanas de Amor". Ele, irreconhecível pela pesada maquiagem, dá ao personagem, um misto de sarcasmo e melancolia, presenteando o público com uma ótima atuação. Esse sucesso deve dar novo fôlego a carreira do ator.

Em “A Grande Matança”, uma gangue de prostitutas protege a Cidade Velha. Quando Jackie Boy (Benicio Del Toro) mexe com uma delas, a situação fica feia. A partir daí é travada uma briga entre as prostitutas e os policiais corruptos da cidade. Quentin Tarantino fez uma participação como diretor convidado. Ele conduziu uma sequência de diálogo entre Jackie Boy e Dwight (Clive Owen) num carro. A sequência tem o toque de humor negro característico do diretor.

Na última história, “O Assassino Amarelo”, Bruce Willis interpreta o policial Hartigan, que no passado salvou uma garotinha de um terrível sequestrador. Já grande, a garotinha se torna uma bela stripper (Jessica Alba), que agora é perseguida pelo misterioso Assassino Amarelo. Hartigan deve novamente salvá-la.

A ousada narrativa e o visual embasbacante do filme, resgata o gênero noir, muito popular entre os anos 40 e 60. Em "Sin City", todas as características do gênero estão presentes: a ambientação com ruas escuras e molhadas na madrugada; a narração over; a existência de crimes sangrentos; o anti-herói; a ambiguidade moral dos personagens; o homem esperando o momento de matar ou ser morto; a mulher fatal, sedutora e misteriosa; a natureza secreta dos assassinos e o pessimismo.

"Sin City-A Cidade do Pecado" é um noir envolvente e violento ao extremo. É visceral, explosivo e simplesmente genial. Uma experiência pela qual você deve passar.

(A estética é um elemento cinematográfico que me interessa muito. E "Sin City" tem uma estética maravilhosa e riquíssima. Por isso, escolhi esse filme como tema de minha monografia do curso de pós-graduação em Cinema, com o título: A Representação Estética da Violência no Filme "Sin City - A Cidade do Pecado". Foi um exercício fascinante de análise fílmica).

segunda-feira, 20 de junho de 2005

INVASÃO DOS QUADRINHOS

Sucesso entre os leitores, os gibis conquistam agora os espectadores das salas de cinema com super adaptações

Escalar paredes, voar e ficar invisível. Essas e outras façanhas que até então faziam parte apenas do universo dos quadrinhos, com super-heróis, vilões maquiavélicos e mocinhas indefesas, tomam conta agora das salas de cinema. Os grandes estúdios americanos perceberam o potencial das HQs (histórias em quadrinhos), produzindo filmes com personagens já testados no mercado editorial. Isso é um deleite, tanto para o fã de revista em quadrinhos, que vê na tela a reprodução em carne e osso do que ele lê, como também para aquele que curte filmes com tramas fantásticas e personagens complexos.

A ideia de adaptar histórias em quadrinhos para o cinema não é nova. Desde os anos 40, já se faziam essas adaptações, em sua maioria filmes para a TV. Mas por causa da precariedade dos recursos, essas produções nunca vingavam. “Os filmes adaptados de quadrinhos antigamente, eram muito bobos. Hoje o cinema dispõe de tecnologias para conseguir reproduzir a fantasia dos quadrinhos”, afirma Liberato Santos, professor e aficionado por quadrinhos. Ele ainda ressalta que hoje é mais lucrativo para os diretores tentarem seguir o roteiro das HQs, caso contrário, corre-se o risco de não agradar ninguém e o filme ser um fracasso de bilheteria.

No Brasil, as únicas adaptações são das revistinhas da Turma da Mônica. A mais recente foi "Cinegibi-O Filme", do ano passado. No longa "Nina", os desenhos feitos pela personagem de Guta Stresser são ilustrações do cartunista Lourenço Mutarelli, autor de "A Soma de Tudo Parte 1" e "2", "O Dobro de Cinco" e "O Rei do Ponto". Em breve, uma de suas obras deve ganhar uma adaptação pelas mãos do roteirista Maçal Aquino ("O Invasor"), grande fã de Mutarelli. Essas histórias em quadrinhos giram em torno do universo urbano de São Paulo.

Na Europa, HQs de Astérix & Obélix e Mortadela e Salaminho se tornaram filmes de sucesso. No Japão, o formato em quadrinhos é chamado de mangá. Um dos mangás adaptados para o cinema foi "A Viagem de Chihiro", que levou o Oscar de longa de animação em 2003.

Voltando para as adaptações americanas, esse ano o Homem Morcego retorna em grande estilo no ótimo, "Batman Begins", desta vez encarnado por Christian Bale ("Psicopata Americano"). O filme mostra como Bruce Wayne se torna Batman, o herói de Gotham City. A produção "Quarteto Fantástico" aposta num elenco desconhecido do grande público para levar as telas, a saga de um grupo de astronautas que após um acidente radioativo, passam a ter superpoderes. O quarteto é formado pelo Sr. Fantástico, que tem a habilidade de esticar o corpo como uma borracha, a Mulher Invisível, o Tocha Humana e A Coisa, que tem o corpo feito de pedra. Juntos, eles terão de enfrentar o Dr. Destino.

Algumas heroínas também já tiveram suas adaptações. As precursoras do gênero foram "Modesty Blaise" e o cult "Barbarella", com Jane Fonda como uma heroína que viaja pelo espaço no século 41. Mas recentemente, essas mulheres poderosas não tiveram muita sorte. "Mulher-Gato" foi eleito o pior filme do ano passado e quase sepultou a carreira de Halle Berry. A outra produção foi "Elektra". A personagem que tinha sido vista em "Demolidor-O Homem Sem Medo", não conseguiu emplacar no seu próprio filme. A nova tentativa será com a adaptação de "Mulher Maravilha". A atriz que viverá a princesa amazona ainda não foi escolhida.

Graphic Novel
Além das HQs há a chamada graphic novel ou romance gráfico. Ela se caracteriza por um conteúdo denso, fechado (com começo, meio e fim) e mais adulto. “Essa linha de quadrinhos adultos é desconhecida do grande público, que está acostumado a pensar em quadrinhos como obras infantis”, observa Liberato Santos.

"Constantine" é uma adaptação da graphic novel "Hellblazer". Nele, John Constantine (Keanu Reeves) é um exorcista com câncer de pulmão terminal que está condenado ao inferno por ter tentado o suicídio quando jovem. Determinado a ter o perdão de Deus e conseguir um lugar no Céu, ele manda demônios que estão na Terra de volta para o inferno. “Ele não usa uniforme, é um personagem em que você pode acreditar mais. Ele não é perfeito, tem vários vícios (cigarro, bebida). Isso é um atrativo para o espectador que de repente, está cansado da fórmula super-herói, bonzinho e que quer fazer o bem para a humanidade”, afirma Liberato.

Outra adaptação de uma graphic novel é "Sin City-A Cidade do Pecado". A produção filmada em estilo noir aborda três histórias de crimes e violência. O elenco de estrelas é encabeçado por Bruce Willis, que nos mostra o ousado visual da cidade do pecado, visual esse, que o diferencia das outras adaptações. Para Roberto Sadovski, diretor de redação da revista "SET", o filme é diferente por ser literal. “É menos uma adaptação e mais uma tradução exata das páginas da série de Frank Miller, quadro a quadro, com os mesmos ângulos, a mesma iluminação e os mesmos diálogos. É o gibi em movimento, literalmente”, declara ele.

Nos próximos anos, uma pilha de revista em quadrinhos irá pipocar nas telas. Alguns deles serão: "Superman Returns", a terceira parte de "X-Men" e "Homem-Aranha", "Motoqueiro Fantasma" (com Nicolas Cage), "Homem de Ferro" e o “spin-off” (filme derivado) "Wolverine". A aposta em heróis, anti-heróis e vilões queridos das histórias em quadrinhos, está levando ao surgimento de um novo gênero de filme e a uma fonte de lucros para os estúdios. Independente de superpoderes ou não, a certeza é de que esta jornada está longe de ter um fim.

sexta-feira, 10 de junho de 2005

Sr. e Sra. SMITH


A comentada reunião de Brad Pitt e Angelina Jolie resultou no explosivo “Sr. e Sra. Smith”. A dupla interpreta marido e mulher que têm uma vida monótona em casa e uma vida movimentada no trabalho. Os dois são assassinos profissionais, mas o problema é que ambos não sabem esse detalhe de cada um, até que eles recebem a missão de matar um ao outro.

Juntos na tela, Pitt e Jolie quase entram em combustão, daí a inevitável atração entre os dois. O filme rende boas cenas de ação e mostra mais uma vez o lado cômico do bonitão aí em cima, que está muito engraçado na pele do marido estressado. E Jolie, está lindíssima como sempre.