Rodrigo Santoro marca presença na Mostra ao participar de debate sobre seu novo filme: "Eu Te Amo, Phillip Morris"
"Eu te Amo, Phillip Morris" é o mais novo trabalho do ator Rodrigo Santoro e mais um em sua filmografia internacional que só cresce. No filme, Steve (Jim Carrey) é um homem pacato com uma bela família. Mas ele é gay e por isso abandona a família e vai para Miami. Lá ele conhece Jimmy, personagem de Santoro, que passa a ser seu boy-toy. Steve chega a conclusão de que ser gay é muito caro e por isso passa a realizar trapaças e roubos que o levam a prisão. Na cadeia Steve conhece o amor de sua vida, o recatado Phillip Morris (Ewan McGregor). Eles vivem uma linda história de amor até que Phillip cumpre sua pena e se separa de Steve. Mas como no amor vale tudo, o vigarista vai fazer de tudo, tudo mesmo, para ficar perto de seu grande amor.
Santoro foi até a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) conversar com os alunos da instituição sobre o filme. NO MUNDO DO CINEMA não ficou de fora e esteve lá para trazer os principais momentos do debate.
Como você recebeu o roteiro do filme e como foi a sua preparação?
O roteiro chegou pelo meu agente. Eu tinha lido o livro antes do roteiro na verdade. Achei muito fiel. Trabalhamos um pouco com improviso. O Jim Carrey é um ator muito criativo. Às vezes ele achava que não estava bem e tentava fazer a cena de uma outra forma. Não tive muito tempo para a preparação, mas na verdade como o personagem tinha o drama da doença, eu tive que perder peso. Perdi muito peso e os diretores sempre ficavam comendo na minha frente (risos). E tivemos uma semana em Miami para a leitura do texto. Ouvi muita música dos nos 80, foi um flashback da minha adolescência que eu tenho a maior saudade.
Quais são suas expectativas com o filme?
"Eu te Amo, Phillip Morris" é o mais novo trabalho do ator Rodrigo Santoro e mais um em sua filmografia internacional que só cresce. No filme, Steve (Jim Carrey) é um homem pacato com uma bela família. Mas ele é gay e por isso abandona a família e vai para Miami. Lá ele conhece Jimmy, personagem de Santoro, que passa a ser seu boy-toy. Steve chega a conclusão de que ser gay é muito caro e por isso passa a realizar trapaças e roubos que o levam a prisão. Na cadeia Steve conhece o amor de sua vida, o recatado Phillip Morris (Ewan McGregor). Eles vivem uma linda história de amor até que Phillip cumpre sua pena e se separa de Steve. Mas como no amor vale tudo, o vigarista vai fazer de tudo, tudo mesmo, para ficar perto de seu grande amor.
Santoro foi até a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) conversar com os alunos da instituição sobre o filme. NO MUNDO DO CINEMA não ficou de fora e esteve lá para trazer os principais momentos do debate.
Como você recebeu o roteiro do filme e como foi a sua preparação?
O roteiro chegou pelo meu agente. Eu tinha lido o livro antes do roteiro na verdade. Achei muito fiel. Trabalhamos um pouco com improviso. O Jim Carrey é um ator muito criativo. Às vezes ele achava que não estava bem e tentava fazer a cena de uma outra forma. Não tive muito tempo para a preparação, mas na verdade como o personagem tinha o drama da doença, eu tive que perder peso. Perdi muito peso e os diretores sempre ficavam comendo na minha frente (risos). E tivemos uma semana em Miami para a leitura do texto. Ouvi muita música dos nos 80, foi um flashback da minha adolescência que eu tenho a maior saudade.
Quais são suas expectativas com o filme?
Esta é a terceira exibição do filme. A minha impressão foi boa. Eu assisti ao filme só uma vez. Foi no Festival de Sundance e vi o filme numa sala cheia de pessoas que fazem filmes. Foi emocionante. É sempre difícil para eu ver um trabalho que fiz. E ver pela primeira vez com outras pessoas, você se sente duplamente exposto. Fiquei satisfeito com o trabalho que foi feito, mas sempre tenho a sensação de que ficou faltando alguma coisa, como ver que o take oito era melhor do que o take 2 e eles escolherem o 2 por outra razão. É difícil você se desprender dessa análise, mas eu estou aprendendo.
Há diferenças entre fazer filme no Brasil e nos Estados Unidos?
No final das contas é tudo igual. Esse é um filme independente, feito na raça, com uma equipe pequena, apesar de ter atores conhecidos como o Jim Carrey e o Ewan McGregor. Foi um filme feito por vontade de se fazer um filme. Eles não pediram cachês altos, estavam ali porque acharam o roteiro interessante e porque curtiram esses dois camaradas aqui (Glenn Ficarra e John Requa). Filme independente é filme independente, filme grande é filme grande. As relações de amizade são parecidas. Cinema demora. É difícil. Fazer o roteiro, ajeitar, trabalhar tudo. Depois tem a pós-produção e até o filme ficar pronto demora. Cinema é um processo demorado em qualquer lugar.
Você tem medo de ficar rotulado por fazer personagens homossexuais como nesse e em "Carandiru"?
Na verdade vou responder a essa pergunta matematicamente (risos). A minha preocupação é única e exclusiva com o personagem, nos conflitos, na jornada, no que ele passa, o que sente e como ele se transforma. Se pensarmos que já interpretei mais de dez personagens heterossexuais, há de se pensar que eu também sou rotulado como heterossexual (risos). E por acaso eu sou heterossexual (risos). Eu nunca tive problema em interpretar homossexuais. Com a Ladi Di em "Carandiru" foi o primeiro e foi uma experiência sensacional, um mergulho no ser humano. Ela passava por uma transformação corporal. Era uma outra história. Não me senti repetindo a experiência de interpretar um homossexual. E isso que é o mais interessante.
E quanto as cenas de amor cortadas no filme?
Saiu na imprensa daquele jeito né?: Cenas tórridas e eróticas foram cortadas... (risos). E não tem nada disso, não tem nada chocante. A decisão apenas foi tomada pelos diretores após a exibição teste do filme nos Estados Unidos. Isso é uma coisa muito comum por lá. Depois da sessão a plateia responde a algumas perguntas sobre o filme. E as pessoas ficaram focadas na história principal que tem o Jim Carrey e o Ewan McGregor. Nossa história até por causa da doença era um pouco apelativa e que não estava funcionando. Tem uma cena muito forte, pesada em que eu estou doente, machucado. E aí essa história estava puxando muito a atenção para isso. E aí eu não deveria ter tanto espaço dentro da trama. Os diretores até me ligaram, muito carinhosos e me deram a notícia do corte, mas que era um elogio. A cena tinha funcionado tão bem que teria que diminuí-la na história. Você não pode se apegar ao filme. Do jeito que está ficou melhor realmente.
Nos Estados Unidos os cachês são altos. Você está ganhando bem para fazer filmes no exterior?
Eu não estou rico, na verdade nunca vi a cor desse dinheiro, nem o cheiro (risos). A carreira internacional foi uma coisa que cruzou o meu caminho e resolvi seguir. Eu nunca trabalhei guiado pelo dinheiro. Trabalhar lá fora tem sido sensacional. Vivendo, viajando, conhecendo outras culturas. Além de trabalhar, a gente precisa viver bem.
Há diferenças entre fazer filme no Brasil e nos Estados Unidos?
No final das contas é tudo igual. Esse é um filme independente, feito na raça, com uma equipe pequena, apesar de ter atores conhecidos como o Jim Carrey e o Ewan McGregor. Foi um filme feito por vontade de se fazer um filme. Eles não pediram cachês altos, estavam ali porque acharam o roteiro interessante e porque curtiram esses dois camaradas aqui (Glenn Ficarra e John Requa). Filme independente é filme independente, filme grande é filme grande. As relações de amizade são parecidas. Cinema demora. É difícil. Fazer o roteiro, ajeitar, trabalhar tudo. Depois tem a pós-produção e até o filme ficar pronto demora. Cinema é um processo demorado em qualquer lugar.
Você tem medo de ficar rotulado por fazer personagens homossexuais como nesse e em "Carandiru"?
Na verdade vou responder a essa pergunta matematicamente (risos). A minha preocupação é única e exclusiva com o personagem, nos conflitos, na jornada, no que ele passa, o que sente e como ele se transforma. Se pensarmos que já interpretei mais de dez personagens heterossexuais, há de se pensar que eu também sou rotulado como heterossexual (risos). E por acaso eu sou heterossexual (risos). Eu nunca tive problema em interpretar homossexuais. Com a Ladi Di em "Carandiru" foi o primeiro e foi uma experiência sensacional, um mergulho no ser humano. Ela passava por uma transformação corporal. Era uma outra história. Não me senti repetindo a experiência de interpretar um homossexual. E isso que é o mais interessante.
E quanto as cenas de amor cortadas no filme?
Saiu na imprensa daquele jeito né?: Cenas tórridas e eróticas foram cortadas... (risos). E não tem nada disso, não tem nada chocante. A decisão apenas foi tomada pelos diretores após a exibição teste do filme nos Estados Unidos. Isso é uma coisa muito comum por lá. Depois da sessão a plateia responde a algumas perguntas sobre o filme. E as pessoas ficaram focadas na história principal que tem o Jim Carrey e o Ewan McGregor. Nossa história até por causa da doença era um pouco apelativa e que não estava funcionando. Tem uma cena muito forte, pesada em que eu estou doente, machucado. E aí essa história estava puxando muito a atenção para isso. E aí eu não deveria ter tanto espaço dentro da trama. Os diretores até me ligaram, muito carinhosos e me deram a notícia do corte, mas que era um elogio. A cena tinha funcionado tão bem que teria que diminuí-la na história. Você não pode se apegar ao filme. Do jeito que está ficou melhor realmente.
Nos Estados Unidos os cachês são altos. Você está ganhando bem para fazer filmes no exterior?
Eu não estou rico, na verdade nunca vi a cor desse dinheiro, nem o cheiro (risos). A carreira internacional foi uma coisa que cruzou o meu caminho e resolvi seguir. Eu nunca trabalhei guiado pelo dinheiro. Trabalhar lá fora tem sido sensacional. Vivendo, viajando, conhecendo outras culturas. Além de trabalhar, a gente precisa viver bem.
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