segunda-feira, 12 de abril de 2010

A SENSAÇÃO 3D

Filmes em três dimensões invadem os cinemas em 2010 com apelo sensorial do público

Que tal subir ao palco do show do U2, voar em uma casa presa por balões ou ser um avatar? É isso o que promete a nova moda nos cinemas, os filmes em três dimensões (3D). As imagens em 3D criam uma ilusão ótica dando as cenas uma profundidade de campo e a impressão de que objetos saltam da tela ou de que tudo o que é visto seja real. O filme Alice no País das Maravilhas é um dos muitos exemplos do que tem sido feito com a tecnologia.

Mas antes de você ficar pensando que o 3D é uma tecnologia complicada, saiba que o efeito do 3D acontece em nós mesmos, no nosso cérebro. O globo ocular é composto de três camadas e basicamente possui a córnea (funciona como uma primeira lente), a íris (parte colorida) e a pupila (localizada no centro da íris que controla a entrada de luz no olho). No seu interior há uma segunda lente, o cristalino que juntamente com a córnea faz a focalização das imagens sobre a retina. “O globo ocular tem por função focalizar em seu interior os raios luminosos oriundos dos objetos, sob a forma de imagem óptica, que é transformada em impulsos nervosos e enviados ao cérebro onde são processados, gerando a percepção visual. Enxergamos pelo cérebro”, explica Osvaldo Travassos de Medeiros, médico e membro titular da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

O sistema ótico humano se assemelha ao sistema da lente de uma câmera fotográfica. O olho foca a imagem pela córnea e o cristalino sobre a retina. A câmera foca pela lente que projeta a imagem no filme. Tanto o olho como a lente projetam imagens invertidas. O cérebro faz com que a pessoa ao enxergar tal imagem seja condicionada a entendê-la corretamente.

Medeiros fala que a visão do ser humano é binocular. Isso contribui para que os objetos sejam vistos simultaneamente, embora cada um deles focalizando imagens em ângulos diferentes. “O cérebro recebendo imagens com pequena disparidade angular de cada olho realiza a fusão unificando-as e enriquecendo a visão. Surge aí a terceira dimensão, o 3D, a visão estereoscópica”.

O médico afirma que a separação entre os olhos e as distâncias relativas entre os objetos fazem com que a imagem tenha ângulos diferentes em cada olho. O cérebro ao realizar a fusão das imagens de ambos os olhos permitirá o entendimento da profundidade e das distâncias relativas entre os objetos. “A visão em terceira dimensão é consequente da visão binocular, do uso simultâneo de ambos os olhos e da fusão, que é a integração cortical (cerebral) das imagens de cada olho em ângulos ligeiramente díspares”. Com isso, a tecnologia 3D permite ao espectador, a visualização das cenas de um filme de forma semelhante ao que é visto pessoalmente.

Medeiros utiliza em suas aulas e palestras a tecnologia 3D. “A motivação, entusiasmo e experiência na área 3D vem de algum tempo quando na carreira universitária fiz uma segunda tese para professor livre docente criando o aparelho OTMStereotest, para medir a visão tridimensional e contribuir na prevenção da cegueira, muito utilizado por oftalmologistas do Brasil e do exterior”.

Um comentário:

  1. muito boa essa tecnologia não fui ainda na sessão 3d mas deve ser bem massaaaa

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