Nova produção de Tim Burton decepciona por não apresentar nada de novo em "Alice no País das Maravilhas"
“Comece pelo começo, siga até chegar ao fim e então pare”. Esta é uma citação de uma das obras mais famosas da literatura inglesa, “Alice no País das Maravilhas”, escrita por Lewis Carroll em 1865. O autor adotou o surrealismo para contar a história sobre a garota Alice que segue um coelho branco e após cair na toca do bicho vai parar em um mundo fantástico.
A obra se tornou famosa pelo mundo e com o surgimento do cinema em 1895, logo, tal livro foi transposto para filmes. A primeira adaptação foi feita na Inglaterra em 1903 com um filme mudo, que inclusive pode ser visto no site YouTube. Ao longo dos anos foram feitas 21 adaptações. Dentre elas há uma versão cubana de 1991 e uma argentina de 1976 e também uma série de animação japonesa de 1983. A adaptação mais famosa é a animação da Disney realizada em 1951. A fascinante história de Alice até serviu de influência para filmes como da trilogia “Matrix” e “Donnie Darko”.
Todo o conteúdo fantástico da história escrita em 1865, agora, 145 anos depois com os recursos tecnológicos que o cinema dispõe, joga o espectador para dentro da toca do coelho junto com Alice no formato 3D. Com toda a ferramenta tecnológica mais a experiência de um diretor criativo como Tim Burton, à frente da empreitada é de se esperar algo realmente fantástico, certo?
Certo, mas não é isso que acontece. "Alice no País das Maravilhas" peca por muitos problemas. Em vez de ser uma experiência vertiginosa, colorida e emocionante à la Tim Burton, o filme só consegue arrancar alguns sorrisos amarelos e bocejos do espectador. A começar pela atriz que interpreta Alice, Mia Wasikowska. Ela é insossa, não tem carisma, não faz o espectador querer torcer por ela.
A produção parece um baú com uma mistura de tudo o que Burton já fez em sua carreira. Se você é um fã do trabalho do diretor, vai gostar de "Alice", pois o filme não tem absolutamente nada de novo. Novamente Helena Bonham Carter e Johnny Depp encarnam tipos estranhos, a trilha fantasmagórica de Danny Elfman também está lá, assim como a fotografia e direção de arte góticos.
Nem Johnny Depp consegue tornar o filme interessante. Na verdade "Alice" mostra que Depp faz sempre a mesma coisa ao viver personagens excêntricos. Seu Chapeleiro Maluco traz os mesmos trejeitos de Willy Wonka que o ator interpretou em "A Fantástica Fábrica de Chocolate", também dirigido por Burton.
No filme, Alice volta ao mundo subterrâneo. Ela não se lembra da primeira visita e acha que tudo é um sonho. Lá ela precisa ajudar Rainha Branca a reconquistar a sua coroa, tomada pela irmã má, Rainha Vermelha. É uma missão e tanto, já que ela, uma jovem de 20 anos, franzina e sensível precisa enfrentar várias criaturas. Todos os obstáculos são facilmente ultrapassados, como entrar no castelo da Rainha Vermelha e encontrar a espada Vorpal.
O filme não tem clímax, o enfretamento entre Alice o e o dragão Jabberwocky se dá numa batalha sem graça resolvida rapidamente. E o espectador ainda é obrigado a ver o Chapeleiro Maluco dando um de Michael Jackson em uma dança totalmente fora de propósito. A produção tem feito uma ótima campanha nas bilheterias, causada pelo alvoroço do 3D, mas tal recurso nada acrescenta a história.
O que se quer é que o filme acabe logo e se possa ir embora, antes claro é preciso encarar a canção tema do filme cantada escandalosamente por Avril Lavigne. O que mais de pior pode acontecer com Burton e companhia nesse trem sem rumo chamado Alice?
“Comece pelo começo, siga até chegar ao fim e então pare”. Esta é uma citação de uma das obras mais famosas da literatura inglesa, “Alice no País das Maravilhas”, escrita por Lewis Carroll em 1865. O autor adotou o surrealismo para contar a história sobre a garota Alice que segue um coelho branco e após cair na toca do bicho vai parar em um mundo fantástico.
A obra se tornou famosa pelo mundo e com o surgimento do cinema em 1895, logo, tal livro foi transposto para filmes. A primeira adaptação foi feita na Inglaterra em 1903 com um filme mudo, que inclusive pode ser visto no site YouTube. Ao longo dos anos foram feitas 21 adaptações. Dentre elas há uma versão cubana de 1991 e uma argentina de 1976 e também uma série de animação japonesa de 1983. A adaptação mais famosa é a animação da Disney realizada em 1951. A fascinante história de Alice até serviu de influência para filmes como da trilogia “Matrix” e “Donnie Darko”.
Todo o conteúdo fantástico da história escrita em 1865, agora, 145 anos depois com os recursos tecnológicos que o cinema dispõe, joga o espectador para dentro da toca do coelho junto com Alice no formato 3D. Com toda a ferramenta tecnológica mais a experiência de um diretor criativo como Tim Burton, à frente da empreitada é de se esperar algo realmente fantástico, certo?
Certo, mas não é isso que acontece. "Alice no País das Maravilhas" peca por muitos problemas. Em vez de ser uma experiência vertiginosa, colorida e emocionante à la Tim Burton, o filme só consegue arrancar alguns sorrisos amarelos e bocejos do espectador. A começar pela atriz que interpreta Alice, Mia Wasikowska. Ela é insossa, não tem carisma, não faz o espectador querer torcer por ela.
A produção parece um baú com uma mistura de tudo o que Burton já fez em sua carreira. Se você é um fã do trabalho do diretor, vai gostar de "Alice", pois o filme não tem absolutamente nada de novo. Novamente Helena Bonham Carter e Johnny Depp encarnam tipos estranhos, a trilha fantasmagórica de Danny Elfman também está lá, assim como a fotografia e direção de arte góticos.
Nem Johnny Depp consegue tornar o filme interessante. Na verdade "Alice" mostra que Depp faz sempre a mesma coisa ao viver personagens excêntricos. Seu Chapeleiro Maluco traz os mesmos trejeitos de Willy Wonka que o ator interpretou em "A Fantástica Fábrica de Chocolate", também dirigido por Burton.
No filme, Alice volta ao mundo subterrâneo. Ela não se lembra da primeira visita e acha que tudo é um sonho. Lá ela precisa ajudar Rainha Branca a reconquistar a sua coroa, tomada pela irmã má, Rainha Vermelha. É uma missão e tanto, já que ela, uma jovem de 20 anos, franzina e sensível precisa enfrentar várias criaturas. Todos os obstáculos são facilmente ultrapassados, como entrar no castelo da Rainha Vermelha e encontrar a espada Vorpal.
O filme não tem clímax, o enfretamento entre Alice o e o dragão Jabberwocky se dá numa batalha sem graça resolvida rapidamente. E o espectador ainda é obrigado a ver o Chapeleiro Maluco dando um de Michael Jackson em uma dança totalmente fora de propósito. A produção tem feito uma ótima campanha nas bilheterias, causada pelo alvoroço do 3D, mas tal recurso nada acrescenta a história.
O que se quer é que o filme acabe logo e se possa ir embora, antes claro é preciso encarar a canção tema do filme cantada escandalosamente por Avril Lavigne. O que mais de pior pode acontecer com Burton e companhia nesse trem sem rumo chamado Alice?
Eu já não estava a fim de assistir a esse filme, agora deopis de ler essa crítica então...
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