Estúdios entram na onda da conversão de filmes para 3D. "Fúria de Titãs" é um que aderiu ao recurso
O filme "Avatar" ficou responsável pela nova febre da tecnologia 3D. A produção foi toda filmada com câmeras especiais. Com a explosão da tecnologia, agora os estúdios de Hollywood estão aderindo a conversão de filmes 2D para 3D. Isso está se tornando uma polêmica entre os diretores americanos quanto ao trabalho artístico envolvido em um filme rodado em 3D e um em 2D convertido para três dimensões.
O diretor James Cameron disse em visita ao Brasil que a conversão é um processo válido, mas com ressalvas. “Quero fazer a conversão de 'Titanic'. Realizamos testes e é possível manter a qualidade. O 3D é um assunto que tem que ser tratado com seriedade pela indústria do cinema. Para o 3D ser uma experiência de qualidade, o estúdio tem que investir para que isso de fato aconteça e o público não se sinta enganado”.
Cameron continua, dizendo que “se a ideia é ver 'Indiana Jones', 'Star Wars' em 3D o que se espera é que se faça um investimento em busca de qualidade na hora de fazer a conversão. Mas se o plano é fazer um filme do zero em 3D, então que seja filmado em 3D e não convertido de 2D para 3D”, declara ele.
CONVERTIDOS
Segundo Luiz Gonzaga de Luca, diretor-superintendente dos Cinemas Severiano Ribeiro/ Kinoplex, existem três maneiras de realizar um filme em 3-D. A forma mais simples é com duas câmeras apoiadas em uma estrutura metálica chamada Rig. “Essa é a forma mais fácil de filmar em 3-D. O problema é a necessidade de se ter que manejar duas câmeras. Os movimentos ficam difíceis e a locomoção é extremamente complexa”.
A segunda forma foi utilizada por James Cameron no qual é usada uma câmera digital que já faz o registro direto em 3-D. A terceira é a conversão. ”É feito um processo informático a partir do filme 2D, criando duas imagens. A segunda imagem é gerada pelo computador. É um processo muito lento, complicado e caro. Isso porque é feito um processamento quadro a quadro criando uma segunda imagem para depois fazer a renderização. Para se renderizar uma cena de dois, três segundos demora-se horas”, explica Gonzaga.
Este ano a Disney relançou "Toy Story 1" e "2" em três dimensões que passaram pelo processo de conversão. Alceu Baptistão, sócio da Vetor Zero, empresa especializada em animações publicitárias, dentre elas as construídas em 3D, explica como essa conversão em animações digitais acontece. “No caso de Toy Story, o material original é retrabalhado por uma segunda câmera que funciona com lentes virtuais, duplica-se o filme inteiro e depois é feita a composição para ser projetada em 3D”.
"Fúria de Titãs" que já está em cartaz nos cinemas brasileiros e "O Último Mestre do Ar", que será lançado no mês que vem passaram pelo processo de conversão de 2D para o 3D. Segundo Baptistão, no caso de um filme em live- action o trabalho é mais complicado: “Há o processo de multi-plano que é fazer um recorte dos atores com um sistema de pintura digital quadro a quadro e um recorte do fundo para depois colocá-los em planos diferentes. Gera-se duas imagens modificando os planos. É como se fossem múltiplos cartões planos colocados em profundidade. Isso é um falso 3D”. Trocando em miúdos seria igual aos cartões de felicitações que quando abertos às figuras saltam como origamis. “Tem outro processo mais sofisticado que é modelar no computador todos os elementos fílmicos em 3D e projetar a imagem em três dimensões. Aí se transformaria o filme plano em tridimensional”, explica ele.
O sucesso do momento em três dimensões, "Alice no País das Maravilhas" também foi convertido. O diretor do filme, Tim Burton optou em filmar em 2D e depois converter o longa para 3D. “Eu não via nenhuma vantagem em filmar em 3D. Depois de ver a conversão do trabalho que foi feito em 'O Estranho Mundo de Jack', eu não encontrei razão para fazer de outro modo. Nós tentamos fazer mais rápido e, no fim das contas, eu não vi nenhuma diferença na qualidade”, declarou ele durante divulgação do longa.
Nos Estados Unidos, empresas especializadas no processo de conversão cobram em média US$ 100 mil por minuto de filme. Apesar de ser um processo complicado e caro, a conversão tem sido a saída de Hollywood para suprir a vontade do público por produções em 3-D. A Warner é uma grande entusiasta da conversão que tem planos de relançar "300" e a trilogia "O Senhor dos Anéis" em 3D. “O 3D não é uma moda passageira. Vai haver uma tendência dos blockbusters e as animações serem realizados em 3D. A indústria vai ganhar dinheiro com isso, na venda de ingressos mais caros e de projetores e óculos especiais”, completa Baptistão. Este é apenas o começo para uma longa jornada da era em três dimensões.
O filme "Avatar" ficou responsável pela nova febre da tecnologia 3D. A produção foi toda filmada com câmeras especiais. Com a explosão da tecnologia, agora os estúdios de Hollywood estão aderindo a conversão de filmes 2D para 3D. Isso está se tornando uma polêmica entre os diretores americanos quanto ao trabalho artístico envolvido em um filme rodado em 3D e um em 2D convertido para três dimensões.
O diretor James Cameron disse em visita ao Brasil que a conversão é um processo válido, mas com ressalvas. “Quero fazer a conversão de 'Titanic'. Realizamos testes e é possível manter a qualidade. O 3D é um assunto que tem que ser tratado com seriedade pela indústria do cinema. Para o 3D ser uma experiência de qualidade, o estúdio tem que investir para que isso de fato aconteça e o público não se sinta enganado”.
Cameron continua, dizendo que “se a ideia é ver 'Indiana Jones', 'Star Wars' em 3D o que se espera é que se faça um investimento em busca de qualidade na hora de fazer a conversão. Mas se o plano é fazer um filme do zero em 3D, então que seja filmado em 3D e não convertido de 2D para 3D”, declara ele.
CONVERTIDOS
Segundo Luiz Gonzaga de Luca, diretor-superintendente dos Cinemas Severiano Ribeiro/ Kinoplex, existem três maneiras de realizar um filme em 3-D. A forma mais simples é com duas câmeras apoiadas em uma estrutura metálica chamada Rig. “Essa é a forma mais fácil de filmar em 3-D. O problema é a necessidade de se ter que manejar duas câmeras. Os movimentos ficam difíceis e a locomoção é extremamente complexa”.
A segunda forma foi utilizada por James Cameron no qual é usada uma câmera digital que já faz o registro direto em 3-D. A terceira é a conversão. ”É feito um processo informático a partir do filme 2D, criando duas imagens. A segunda imagem é gerada pelo computador. É um processo muito lento, complicado e caro. Isso porque é feito um processamento quadro a quadro criando uma segunda imagem para depois fazer a renderização. Para se renderizar uma cena de dois, três segundos demora-se horas”, explica Gonzaga.
Este ano a Disney relançou "Toy Story 1" e "2" em três dimensões que passaram pelo processo de conversão. Alceu Baptistão, sócio da Vetor Zero, empresa especializada em animações publicitárias, dentre elas as construídas em 3D, explica como essa conversão em animações digitais acontece. “No caso de Toy Story, o material original é retrabalhado por uma segunda câmera que funciona com lentes virtuais, duplica-se o filme inteiro e depois é feita a composição para ser projetada em 3D”.
"Fúria de Titãs" que já está em cartaz nos cinemas brasileiros e "O Último Mestre do Ar", que será lançado no mês que vem passaram pelo processo de conversão de 2D para o 3D. Segundo Baptistão, no caso de um filme em live- action o trabalho é mais complicado: “Há o processo de multi-plano que é fazer um recorte dos atores com um sistema de pintura digital quadro a quadro e um recorte do fundo para depois colocá-los em planos diferentes. Gera-se duas imagens modificando os planos. É como se fossem múltiplos cartões planos colocados em profundidade. Isso é um falso 3D”. Trocando em miúdos seria igual aos cartões de felicitações que quando abertos às figuras saltam como origamis. “Tem outro processo mais sofisticado que é modelar no computador todos os elementos fílmicos em 3D e projetar a imagem em três dimensões. Aí se transformaria o filme plano em tridimensional”, explica ele.
O sucesso do momento em três dimensões, "Alice no País das Maravilhas" também foi convertido. O diretor do filme, Tim Burton optou em filmar em 2D e depois converter o longa para 3D. “Eu não via nenhuma vantagem em filmar em 3D. Depois de ver a conversão do trabalho que foi feito em 'O Estranho Mundo de Jack', eu não encontrei razão para fazer de outro modo. Nós tentamos fazer mais rápido e, no fim das contas, eu não vi nenhuma diferença na qualidade”, declarou ele durante divulgação do longa.
Nos Estados Unidos, empresas especializadas no processo de conversão cobram em média US$ 100 mil por minuto de filme. Apesar de ser um processo complicado e caro, a conversão tem sido a saída de Hollywood para suprir a vontade do público por produções em 3-D. A Warner é uma grande entusiasta da conversão que tem planos de relançar "300" e a trilogia "O Senhor dos Anéis" em 3D. “O 3D não é uma moda passageira. Vai haver uma tendência dos blockbusters e as animações serem realizados em 3D. A indústria vai ganhar dinheiro com isso, na venda de ingressos mais caros e de projetores e óculos especiais”, completa Baptistão. Este é apenas o começo para uma longa jornada da era em três dimensões.
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