sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ENGATADO NA PRIMEIRA

George Clooney é um assassino no noir marcha lenta "Um Homem Misterioso "

O galã George Clooney é um homem mil e uma utilidades. Ele é ator, diretor, produtor, roteirista, astro, oscarizado, ativista social. A credibilidade que tem na indústria de Hollywood o permite escolher os projetos que quer fazer sem ter de ouvir a opinião de agentes e produtores de estúdio que empurram blockbusters aos seus astros. Clooney gosta de experimentar e esse é o caso do noir contemporâneo “Um Homem Misterioso”.

Clooney é um assassino que atende pelos nomes Jack e Edward. Ele se esconde numa cidadezinha na Itália para realizar um último trabalho e assim quem sabe conseguir a tão ansiada aposentadoria. O filme segue a estrutura do noir tendo como fio condutor, claro a violência. O assassino é o herói da história. Ele é perseguido por outros assassinos e não pode confiar em ninguém. No seu caminho aparecem algumas femme fatales ambíguas e a sensação é que o pior está por vir.

O filme é charmoso. A trama e a ambientação na cidade com cara de abandonada, com ruas sinuosas e escuras são os ingredientes perfeitos para um suspense noir. Mas nas mãos de Anton Corbijn – diretor de videoclipes e do longa musical “Control”, a receita desanda. O filme acompanha sem pressa a rotina deste assassino, que por sinal é bem enfadonha. Entre um assassinato e outro, o herói faz algumas flexões, bate papo com o padre da cidade, vai a uma cafeteria e se encontra com uma prostituta.Os diálogos são poucos, o silêncio prevalece. “Um Homem Misterioso” é insosso, cheio de trivialidades e sem clímax. Na marcha lenta ele não chega a lugar algum.


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