sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DIVERSIDADE CINEMATOGRÁFICA

São Paulo vive e respira cinema por duas semanas na 34° Mostra Internacional de Cinema. Filmes de todo o mundo em um só lugar

Se tem uma data que os cinéfilos, em especial os moradores da cidade de São Paulo reservam no calendário, é a da Mostra Internacional de Cinema. Este ano, a 34° edição aconteceu entre 22 de outubro e quatro de novembro com uma seleção de quase 500 filmes de todos os cantos do mundo. A Mostra dá chance ao público conhecer uma diversidade de culturas e nacionalidades.

Sessões, debates e exposições marcaram a programação da Mostra. “Esse ano eu me senti muito vencedora em trazer os desenhos do Akira Kurosawa. Ele sempre foi um dos meus cineastas prediletos. Comemoramos o centenário do Kurosawa em grande estilo com a exposição de 80 storyboards, o lançamento do livro da assistente dele, Teruyo Nogami. Além disso, a Mostra teve a ousadia de fazer uma exibição de 'Metrópolis' no Parque do Ibirapuera com os músicos da Jazz Sinfônica. Isso tudo me deixa feliz, é uma vitória”, contou Renata de Almeida, co-diretora da Mostra.

VARIEDADE
Só na Mostra é possível ver salas de cinema tão cheias, que havia o chamado ingresso para sentar no chão. Isso mesmo! As pessoas pagavam para ver um filme, mesmo que isso significasse sentar no chão. Foi assim nas concorridas sessões de "Um Lugar Qualquer", "Cópia Fiel", "Film Socialisme" e "Vips".

Muita gente correu para ver em primeira mão, produções que logo estreariam no circuito nacional, caso de "Minhas Mães e Meu Pai", "Atração Perigosa", "Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos" e "Machete". Outros tiveram a rara oportunidade de ver filmes que nem devem chegar ao Brasil, como o desafiador "Dharma Guns", o solitário e perverso "Ano Bissexto" ou o polêmico "O Silêncio". A Mostra também exercitou a paciência das pessoas dispostas a passarem mais de duas horas numa sala nas longas sessões de "Mistérios de Lisboa" e seus 272 minutos de duração e "Carlos" e seus incríveis 330 minutos.

A Mostra dura apenas duas semanas e o tempo é pouco para conferir tantas produções. Mas não importa a quantidade de filmes a que se assistiu, mas a qualidade do que se conseguiu ver após correria de uma sala para outra e as longas filas. O que interessa é o espectador se aventurar com diretores consagrados, histórias desconhecidas ou produções badaladas, no qual a Mostra é uma Torre de Babel no qual todos se entendem no escuro do cinema.

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