Já foi o tempo que filmes infantis eram só para crianças. Hoje essas produções conseguem agradar a espectadores de todas as idades
Outubro é o mês que comemora o Dia das Crianças. E dar um presentinho para a criançada é obrigatório. Mas quando o assunto é cinema quem é presenteado não são só as crianças, mas também os adultos. Cada vez mais os filmes, em especial as realizadas pela indústria de Hollywood conseguem atingir diversas faixas etárias com suas produções. Os roteiros desses filmes são concebidos de maneira que seu variado público aprecie o filme de diferentes formas.
Enquanto os pequeninos se divertem com as trapalhadas dos personagens, os jovens e adultos se deleitam com o conteúdo repleto de piadas, ironias, referências e sátiras à sociedade. “Os roteiros são cuidadosamente pensados para que o adulto também curta o filme, e para que ele saia do cinema recomendando o filme para outros adultos, que levem seus filhos, e assim por diante numa corrente que vai engrossando as bilheterias”, afirma Celso Sabadin, crítico de cinema.
Muitos filmes do gênero estão longe de serem produções genuinamente infantis. As animações realizadas atualmente conseguem agradar a todas as faixas etárias. Já foi o tempo que os pais se martirizavam ao acompanhar seus filhos nas matinês da vida. “Mesmo que o filme seja para o público infantil, os produtores sabem que aborrecer um adulto com um roteiro fraco é péssimo negócio para as bilheterias”, declara o crítico de cinema.
A trilogia "Shrek" é um ótimo exemplo de como se consegue agradar as crianças e em especial os adultos. O ogro verde diverte a molecada com suas confusões em companhia do Burro e do Gato de Botas. Já os adultos se deliciam com o humor da história. Tanto é que em janeiro deste ano, uma empresa de pesquisas da Grã-Bretanha indicou que o primeiro filme da trilogia é a produção infantil favorita dos adultos.
A animação é o gênero que consegue muito bem ganhar um público tão diversificado. Os desenhos, em especial os realizados pela Disney/Pixar como "Monstros S. A.", "Procurando Nemo", "Carros" e "Wall-E" são experts nisso. As aventuras e o colorido das imagens chamam a atenção das crianças. Já para conquistar o coração do restante do público a peça chave é a caracterização e a humanização dos personagens. Ver animais falando, objetos criarem vida e eles demonstrarem sentimentos é algo que toca fundo no coração. Quem não se encantou e até derramou algumas lágrimas com o monstro Sulley, o peixinho Nemo ou o robô Wall-E que levante a mão.
Criança ou Adulto?
Na verdade, o que se percebe é que na indústria cinematográfica americana está havendo uma inversão de papéis. Tem-se uma adultização de produções infantis e uma infantilização das produções para adultos. A meta dos blockbusters é sempre ganhar muito dinheiro nas bilheterias. Com isso, os produtores tentam a todo custo, lançarem os filmes com uma classificação etária baixa, para um maior número de pessoas poder ir assisti-las. Resultado: os filmes ficam mais infantis, sem cenas fortes e com histórias bem “mastigadas”, apelando para as gracinhas.
Sabadin explica que isso acontece desde os anos 50 quando nos Estados Unidos a televisão provocou uma forte divisão no público. Os mais velhos e os de meia idade começaram a ficar mais em casa, vendo TV, enquanto os mais jovens e adolescentes continuaram nas ruas, indo aos cinemas. Dessa forma o crítico fala que os produtores perceberam que a grande plateia que lotava os cinemas do país era formada basicamente por jovens. “Desde aquela época, então, o cinema vem se infantilizando”.
Assim se passou a produzir filmes voltados para este público. Exemplos não faltam todos os anos. Da safra 2009 dois bons exemplos mostram essa tendência: "Transformers: A Vingança dos Derrotados" e "G.I. Joe: A Origem de Cobra". “De lá para cá, os temas se simplificaram, os filmes ficaram mais simplistas, a idade média dos atores-protagonistas desabou. O que é, hoje, um blockbuster? É um filme feito para quem gosta de pipoca, não para quem gosta de cinema. Isso porque o lucro está na pipoca, não no cinema. É só uma questão mercadológica”, analisa Sabadin. Independente da idade do espectador, a certeza está na qualidade das produções e na diversão do público cada vez mais diversificado.
Outubro é o mês que comemora o Dia das Crianças. E dar um presentinho para a criançada é obrigatório. Mas quando o assunto é cinema quem é presenteado não são só as crianças, mas também os adultos. Cada vez mais os filmes, em especial as realizadas pela indústria de Hollywood conseguem atingir diversas faixas etárias com suas produções. Os roteiros desses filmes são concebidos de maneira que seu variado público aprecie o filme de diferentes formas.
Enquanto os pequeninos se divertem com as trapalhadas dos personagens, os jovens e adultos se deleitam com o conteúdo repleto de piadas, ironias, referências e sátiras à sociedade. “Os roteiros são cuidadosamente pensados para que o adulto também curta o filme, e para que ele saia do cinema recomendando o filme para outros adultos, que levem seus filhos, e assim por diante numa corrente que vai engrossando as bilheterias”, afirma Celso Sabadin, crítico de cinema.
Muitos filmes do gênero estão longe de serem produções genuinamente infantis. As animações realizadas atualmente conseguem agradar a todas as faixas etárias. Já foi o tempo que os pais se martirizavam ao acompanhar seus filhos nas matinês da vida. “Mesmo que o filme seja para o público infantil, os produtores sabem que aborrecer um adulto com um roteiro fraco é péssimo negócio para as bilheterias”, declara o crítico de cinema.
A trilogia "Shrek" é um ótimo exemplo de como se consegue agradar as crianças e em especial os adultos. O ogro verde diverte a molecada com suas confusões em companhia do Burro e do Gato de Botas. Já os adultos se deliciam com o humor da história. Tanto é que em janeiro deste ano, uma empresa de pesquisas da Grã-Bretanha indicou que o primeiro filme da trilogia é a produção infantil favorita dos adultos.
A animação é o gênero que consegue muito bem ganhar um público tão diversificado. Os desenhos, em especial os realizados pela Disney/Pixar como "Monstros S. A.", "Procurando Nemo", "Carros" e "Wall-E" são experts nisso. As aventuras e o colorido das imagens chamam a atenção das crianças. Já para conquistar o coração do restante do público a peça chave é a caracterização e a humanização dos personagens. Ver animais falando, objetos criarem vida e eles demonstrarem sentimentos é algo que toca fundo no coração. Quem não se encantou e até derramou algumas lágrimas com o monstro Sulley, o peixinho Nemo ou o robô Wall-E que levante a mão.
Criança ou Adulto?
Na verdade, o que se percebe é que na indústria cinematográfica americana está havendo uma inversão de papéis. Tem-se uma adultização de produções infantis e uma infantilização das produções para adultos. A meta dos blockbusters é sempre ganhar muito dinheiro nas bilheterias. Com isso, os produtores tentam a todo custo, lançarem os filmes com uma classificação etária baixa, para um maior número de pessoas poder ir assisti-las. Resultado: os filmes ficam mais infantis, sem cenas fortes e com histórias bem “mastigadas”, apelando para as gracinhas.
Sabadin explica que isso acontece desde os anos 50 quando nos Estados Unidos a televisão provocou uma forte divisão no público. Os mais velhos e os de meia idade começaram a ficar mais em casa, vendo TV, enquanto os mais jovens e adolescentes continuaram nas ruas, indo aos cinemas. Dessa forma o crítico fala que os produtores perceberam que a grande plateia que lotava os cinemas do país era formada basicamente por jovens. “Desde aquela época, então, o cinema vem se infantilizando”.
Assim se passou a produzir filmes voltados para este público. Exemplos não faltam todos os anos. Da safra 2009 dois bons exemplos mostram essa tendência: "Transformers: A Vingança dos Derrotados" e "G.I. Joe: A Origem de Cobra". “De lá para cá, os temas se simplificaram, os filmes ficaram mais simplistas, a idade média dos atores-protagonistas desabou. O que é, hoje, um blockbuster? É um filme feito para quem gosta de pipoca, não para quem gosta de cinema. Isso porque o lucro está na pipoca, não no cinema. É só uma questão mercadológica”, analisa Sabadin. Independente da idade do espectador, a certeza está na qualidade das produções e na diversão do público cada vez mais diversificado.
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