quinta-feira, 30 de julho de 2009

PARA MORRER DE RIR

2009 é o ano das comédias nacionais nos cinemas brasileiros

O cinema nacional sempre viveu de comédias bem sucedidas. Entre as décadas de 1930 e 1960, as salas de exibição eram tomadas pelas chanchadas (filmes de humor ingênuo de caráter popular). Mazzaropi, Ankito e a dupla Grande Otelo e Oscarito eram os astros dessas comédias. O cinema de retomada, que surgiu em 1995 trouxe como precursor desta nova fase a comédia “Carlota Joaquina - Princesa do Brasil”.

Com quase 15 anos de cinema de retomada, o Brasil vive tempos de glória ao consagrar novamente a comédia como gênero favorito. Os números deste primeiro semestre confirmam essa predileção do público. Para Heitor Dhalia, diretor de filmes como “O Cheiro do Ralo” e o novo “À Deriva”, a comédia sempre fez sucesso no Brasil. “A comédia é um gênero local por excelência. É uma tradição do cinema brasileiro”.

“Se Eu Fosse Você 2” saiu na frente como a maior bilheteria nacional do ano, com mais de R$ 50 milhões, ficando no primeiro lugar na lista das produções mais assistidas desde 1995. Em cerimônia em que foi reempossado, Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine apontou o saldo positivo do mercado audiovisual brasileiro. Segundo ele entre 1° de janeiro e 11 de junho houve um público de 9,5 milhões de espectadores e uma renda de R$ 78 milhões.

Para André Sturm, dono da distribuidora independente Pandora Filmes, o mercado esta se ampliando. “Vários filmes têm conseguido alcançar o público e alguns outros que não têm tanto público, alcançam repercussão de crítica, o que também é importante em uma cinematografia”, afirma ele.

No momento o queridinho da vez é “A Mulher Invisível” estrelado por Selton Mello e Luana Piovani. A produção que estreou no dia cinco de junho, faturou em apenas três semanas, mais de R$ 10 milhões. A produção liderava o posto de campeão dos mais assistidos, mas os robôs de “Transformers: A Vingança dos Derrotados” tiraram o posto do nacional. Mas isso não impediu o filme de continuar faturando. Com dois meses em cartaz, a produção já contabiliza quase R$ 19 milhões.

O ator Selton Mello continua o mais requisitado. Neste primeiro semestre ele estrelou três produções, a comédia “A Mulher Invisível” e os dramas “Jean Charles” e “A Erva do Rato”. Lília Cabral e seu “Divã” ficaram em terceiro lugar com um faturamento de mais de R$ 16 milhões. Em dez semanas de exibição, o filme figurou no Top 10 dos mais vistos.

No entanto, Sturm alerta que comédias podem ser filmes de sucesso, mas que nem sempre são uma garantia. “Temos alguns exemplos recentes de comédias com gente conhecida que fracassaram. Mas é uma aposta. De outro lado, filmes como “Dois Filhos de Francisco” e “Carandiru” que passam longe de serem comédias fizeram também números expressivos, assim como “Olga” e “Cidade de Deus”. O importante é fazer bons filmes, que dialoguem com o público”, acrescenta Sturm.

E para haver esses diálogo, em agosto outras duas comédias estreiam nas salas brasileiras. A primeira é a aguardada continuação de “Os Normais”, que tem o subtítulo “A Noite Mais Maluca de Todas” com a adorável dupla Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) e o mesmo diretor de “Divã”, José Alvarenga. A segunda é o longa “Todo Mundo Tem Problemas Sexuais” com Pedro Cardoso e Claudia Abreu. Comédias e números para fazerem o público e a comunidade cinematográfica brasileira chorarem... de rir!

Nenhum comentário:

Postar um comentário