Tragédia no Colorado não pode tirar o brilho do Cavaleiro das Trevas
Ainda é uma incógnita o motivo de James Holmes ter entrado na sessão de "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" em Denver, Colorado, e atirado contra a plateia, matando 12 pessoas e ferindo outras 58.
Os americanos choram seus mortos e no meio das muitas discussões sobre o massacre está o novo filme do Batman. “Eu sou o Coringa”, teria dito o atirador. Na distorção entre realidade e ficção é preciso ficar claro o papel do cinema de ação na sociedade: entretenimento.
Questionar a violência do filme ou tentar ligá-la ao ato de Holmes é desleal. A violência sempre esteve presente no cinema. De filmes mudos como "O Grande Roubo de Trem" (1903), até a atual produção massiva de filmes de ação.
A violência tem diversas faces no cinema de ação. Ela é tema, é linguagem, é estética. O público se empolga com os bang bang e embate mano a mano. Vibra para o herói triunfar sobre o mal e pode algumas vezes até torcer para que o vilão tente vencer o bem. A violência nos filmes de ação é o que faz pessoas lotarem salas de cinema, como a de Denver, é o que faz encher os cofres dos estúdios americanos.
Justiça
"Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" será lembrado por ser aquele filme que estava passando enquanto pessoas eram mortas numa sala de cinema. Mas, o justiceiro mascarado merece ser lembrado pelo o que conquistou na trilogia orquestrada por Christopher Nolan.
A jornada de Bruce Wayne/Batman (Christian Bale) se fecha no confronto com o mercenário Bane (Tom Hardy), que deixa as ameaças de vilões do passado no chinelo. Ele tem o plano perfeito para destruir Gotham City e Batman, recluso por anos, volta para salvar a população.
A violência em Batman é feroz, ela angustia o espectador, mas acima de tudo, ela entretém, como um ótimo filme de ação deve fazer e no caso de "O Cavaleiro das Trevas Ressurge" também deve ser lembrado.
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