sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ESCALA OBRIGATÓRIA

"Amor Sem Escalas" mostra um homem cercado por pessoas, mas solitário

“Que merda eu sou?”. É esse questionamento que Ryan Bingham (George Clooney) faz quando analisa o que faz da vida em “Amor Sem Escalas”. Ryan é um consultor. A rotina dele é viajar pelos Estados Unidos demitindo funcionários de diversas empresas para a redução de despesas. Ele chega a passar 322 dias viajando e nesse vai e vem ele já conseguiu acumular 350 mil milhas. Sua meta é 10 milhões.

O filme explora com humor melancólico, um tema que os Estados Unidos viveu e vive após a crise econômica que sofreu em 2008. A demissão em massa em diversas empresas é ironicamente a chance de Ryan faturar alto. O consultor precisa treinar a jovem Natalie (Anna Kendrick) para o mesmo cargo e ensina todas as manhas para escapar das burocráticas etapas na hora de viajar de avião. Tudo o que as pessoas odeiam são lembretes agradáveis para dizer a Ryan que ele está em casa. Diariamente ele vive cercado de pessoas em aeroportos e aviões. Mesmo assim ele é um homem muito solitário.

No meio de tanta viajem o consultor conhece a bela Alex (Vera Farmiga) que causa uma turbulência nele e o faz perceber que a vida é bem mais interessante e além do que acumular milhas e ler revistas durante os voos. Assim Ryan percebe que a vida é melhor quando se tem companhia. "Amor Sem Escalas" concorre a cinco Oscar no dia sete de março nas categorias: diretor (Jason Reitman), ator (George Clooney), atriz coadjuvante (Anna Kendrick, Vera Farmiga) e roteiro adaptado. No filme, acompanhar Bingham em suas descobertas se torna uma adorável viagem no escuro do cinema.

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