terça-feira, 3 de março de 2009

PRESA À LÍNGUA

Penélope Cruz só consegue se destacar quando se comunica pela língua nativa

Na edição deste ano do Oscar, Penélope Cruz se sagrou ganhadora do prêmio de melhor atriz coadjuvante por “Vicky Cristina Barcelona”, no qual interpreta a amalucada Maria Elena. E ela ganhou justamente por interpretar uma personagem que é latina assim como ela. Penélope é espanhola, de Madrid e fez uma carreira sólida por lá, em produções de Bigas Luna, Alejandro Amenábar e do grande Pedro Almodóvar.

Já quando ela colocou os pés em terreno gringo, a espanhola acabou em papéis secundários. Suas personagens sempre estão associadas a sua origem latina, em função nem tanto pelos traços físicos, mas por causa do carregadíssimo sotaque espanhol, do qual ela não consegue se desapegar. Isso é um problema já que limita a atriz a fazer somente personagens latinas.

Não é à toa que, portanto, ela só consiga se destacar quando interpreta em sua língua mãe. Ela é uma atriz de talento, como pode ser visto nas produções de Almodóvar como, “Volver”, que rendeu a ela sua primeira indicação ao Oscar. E foi porque interpretou em espanhol.

A atriz tem bom terreno para explorar na Espanha. Mas enquanto Penélope não perder o sotaque, vai ser difícil ela fazer bons papéis em filmes americanos. Ela sempre será lembrada por aquela ou outra personagem latina, bonita e de sotaque carregado.

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