domingo, 10 de fevereiro de 2008

SWEENEY TODD: O BARBEIRO DEMONÍACO DA RUA FLEET


Em 1979 estreava na Broadway o musical “Sweeney Todd”. Agora chega a sua versão cinematográfica, “Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet”, sob o comando do gótico Tim Burton. É um projeto que cabe como uma luva para o diretor, já que o tom sombrio domina a produção. A direção de arte, a fotografia e os figurinos servem para dar o clima de medo e perigo que ronda a rua Fleet.

Na história, o ingênuo Benjamim Barker (Johnny Depp), é condenado por um crime que não cometeu. 15 anos depois, ele retorna para se vingar do homem que o colocou atrás das grades e tentar recuperar sua esposa e filha.

Benjamim Barker se torna Sweeney Todd, que trabalha como barbeiro. Ele usa seu instrumento de trabalho, a navalha, como arma para aniquilar seu inimigo. Mas como toda boa vingança, o plano deve ser bem elaborado e esperar o momento certo para executá-lo. Durante esse meio tempo, Todd usa seus clientes para treinar os cortes no pescoço, até chegar a hora de degolar seu grande rival. Mas a ira que o corrói vai acabar o apunhalando pelas costas.

“Sweeney Todd” deve ter dado muito certo no teatro. Tim Burton mantém esse aspecto teatral com o uso de poucos cenários, números musicais exagerados, atuações bem dramatizadas e efeitos artificializados. Toda a história é contada com números musicais repetitivos e chatos. E essa produção não tem uma das melhores atuações de Johnny Depp. Em certos momentos do filme, o ator deixa escapar alguns trejeitos do seu personagem mais famoso, Jack Sparrow, da série “Piratas do Caribe”.

O problema é que a produção ficou teatral demais. Durante todo o filme se tem a sensação de que se está vendo um musical encenado num palco. É possível imaginar quando haveria as trocas de cenários e o fechar de cortinas ao final da breve conclusão da história. Burton poderia ter ousado nessa transposição teatro/cinema, mas só conseguiu um resultado abaixo da média e um barbeiro que só deveria aterrorizar no teatro.

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