O agente James Bond retorna sedento por vingança em "007 Quantum of Solace"
“A vingança é um prato que se come frio”. No caso de James Bond, em sua nova aventura "007 Quantum of Solace", esse ditado não se aplica. O herói parte em busca de vingança pela morte da namorada Vesper Lynd, que aconteceu no filme anterior "007 Cassino Royale".
O agente não perde tempo em elaborar um plano de vendeta. Para ele, quanto mais rápida for a vingança, mais fácil será reparar a perda da amada. Tanto que essa nova produção começa imediatamente após o final de "Cassino Royale", quando ele vai atrás de Mr. White (Jesper Christensen) descobrir quem são os responsáveis pela morte de Vesper.
Toda a trama gira em torno da vingança de Bond e as investigações dele sobre a organização que chantageou Vesper. A tal organização tem ligações com o empresário Dominic Greene (Mathieu Amalric), interessado em extrair riquezas naturais da Bolívia. Cabe a Bond acabar com os planos dele.
Em 2006, "007 Cassino Royale" apresentou ao público um novo James Bond, o magnetismo de Daniel Craig na pele do agente 007 é inquestionável e ele assumiu o personagem com maestria. É a chegada dos novos tempos, já que agora, Bond tem uma personalidade mais bruta. Neste novo filme ele está perigoso, assustador e muito impiedoso. Em "Cassino Royale", ele se apaixonou, teve o coração partido e foi traído e agora em "Quantum of Solace", 007 parece um outro homem, a traição de Vesper lhe tornou um homem frio e amargo. Ele carrega muita dor e a vingança surge como forma de encontrar uma paz interna.
James Bond nesta nova produção é um clássico herói noir. Ele está em uma crise existencial após a traição da mulher que amava e entra em uma jornada de crimes impulsionada pelo amor. Ele se tornou um anti-herói. Mathis (Giancarlo Giannini), que volta depois de ser torturado em "Cassino Royale" diz que heróis e vilões se confundem e Bond deixa isso muito claro, pois ele tem agora um caráter dúbio e uma linha tênue entre o bem e o mal. Fica difícil saber de que lado ele está.
O longa é um ótimo filme de ação, com sequências incríveis e mirabolantes. A abertura da produção traz uma frenética perseguição de carros, no qual mais uma vez o belo Aston Martin de Bond fica destruído. O estilo de ação bruto e ágil lembra os filmes da trilogia "Bourne", como uma sequência de perseguição em cima de telhados em casas na Itália e a coreografia das brigas.
Mas "Quantum of Solace" é diferente e está longe de ser um filme do 007. A produção se concentrou na ação e se esqueceu do enredo e das características de James Bond. O que mais lembra o estilo 007 são as locações para a história que se passa no Panamá, Chile, México, Itália, Áustria e em Londres.
As bond girls são as piores da série. As duas não são bonitas e não têm o charme sedutor das antecessoras. A novata Gemma Arteton aparece com uma personagem inútil para o enredo e Olga Kurylenko interpreta uma triste e vingativa bond girl, chamada Camille. Ela surge como um espelho para Bond, já que os dois têm uma jornada emocional mal resolvida. Ambos encontram na vingança a forma de saciar, pôr fim aos seus fantasmas internos.
O humor, a sofisticação e a malandragem do velho Bond são deixados de lado. Tudo se esvaiu em nome da vingança. Matar se tornou algo banal para o agente. O vilão Greene em certo momento fala para Bond: “Tudo o que você toca, murcha e morre”. E esse é o provável destino de quem surge na frente dele.
Na direção de "Quantum of Solace" está Marc Foster, hábil cineasta em explorar dramas humanos, como em "A Última Ceia" e "O Caçador de Pipas". Esta fase sombria de Bond seria um prato cheio para Foster mergulhar no pesadelo que a vida do agente se tornou após a morte da única mulher que se permitiu amar. Mas talvez por receio de focar somente no drama, o diretor se concentra mais na violência, nas intensas cenas de ação, no qual James Bond virou uma máquina de matar, que extermina quem aparece na sua frente. Ele como M o descreve bem, está com um ódio incontrolável que o cegou. Ele aproveita a vantagem de ter licença para matar e não se importa em deixar dezenas de corpos por onde passa.
Em uma conversa com Bond, M pede a ele que perdoe Vesper e perdoe a si mesmo. É isso que Bond precisa fazer. Suas feridas internas difíceis de cicatrizar, não vão ser curadas com meia dúzia de sopapos, só o tempo para curá-las. "Quantum of Solace" resolve todas as questões pendentes em "Cassino Royale" e o que se espera é que o bom e velho Bond retorne em sua próxima aventura com o estilo que todos conhecem e amam.
“A vingança é um prato que se come frio”. No caso de James Bond, em sua nova aventura "007 Quantum of Solace", esse ditado não se aplica. O herói parte em busca de vingança pela morte da namorada Vesper Lynd, que aconteceu no filme anterior "007 Cassino Royale".
O agente não perde tempo em elaborar um plano de vendeta. Para ele, quanto mais rápida for a vingança, mais fácil será reparar a perda da amada. Tanto que essa nova produção começa imediatamente após o final de "Cassino Royale", quando ele vai atrás de Mr. White (Jesper Christensen) descobrir quem são os responsáveis pela morte de Vesper.
Toda a trama gira em torno da vingança de Bond e as investigações dele sobre a organização que chantageou Vesper. A tal organização tem ligações com o empresário Dominic Greene (Mathieu Amalric), interessado em extrair riquezas naturais da Bolívia. Cabe a Bond acabar com os planos dele.
Em 2006, "007 Cassino Royale" apresentou ao público um novo James Bond, o magnetismo de Daniel Craig na pele do agente 007 é inquestionável e ele assumiu o personagem com maestria. É a chegada dos novos tempos, já que agora, Bond tem uma personalidade mais bruta. Neste novo filme ele está perigoso, assustador e muito impiedoso. Em "Cassino Royale", ele se apaixonou, teve o coração partido e foi traído e agora em "Quantum of Solace", 007 parece um outro homem, a traição de Vesper lhe tornou um homem frio e amargo. Ele carrega muita dor e a vingança surge como forma de encontrar uma paz interna.
James Bond nesta nova produção é um clássico herói noir. Ele está em uma crise existencial após a traição da mulher que amava e entra em uma jornada de crimes impulsionada pelo amor. Ele se tornou um anti-herói. Mathis (Giancarlo Giannini), que volta depois de ser torturado em "Cassino Royale" diz que heróis e vilões se confundem e Bond deixa isso muito claro, pois ele tem agora um caráter dúbio e uma linha tênue entre o bem e o mal. Fica difícil saber de que lado ele está.
O longa é um ótimo filme de ação, com sequências incríveis e mirabolantes. A abertura da produção traz uma frenética perseguição de carros, no qual mais uma vez o belo Aston Martin de Bond fica destruído. O estilo de ação bruto e ágil lembra os filmes da trilogia "Bourne", como uma sequência de perseguição em cima de telhados em casas na Itália e a coreografia das brigas.
Mas "Quantum of Solace" é diferente e está longe de ser um filme do 007. A produção se concentrou na ação e se esqueceu do enredo e das características de James Bond. O que mais lembra o estilo 007 são as locações para a história que se passa no Panamá, Chile, México, Itália, Áustria e em Londres.
As bond girls são as piores da série. As duas não são bonitas e não têm o charme sedutor das antecessoras. A novata Gemma Arteton aparece com uma personagem inútil para o enredo e Olga Kurylenko interpreta uma triste e vingativa bond girl, chamada Camille. Ela surge como um espelho para Bond, já que os dois têm uma jornada emocional mal resolvida. Ambos encontram na vingança a forma de saciar, pôr fim aos seus fantasmas internos.
O humor, a sofisticação e a malandragem do velho Bond são deixados de lado. Tudo se esvaiu em nome da vingança. Matar se tornou algo banal para o agente. O vilão Greene em certo momento fala para Bond: “Tudo o que você toca, murcha e morre”. E esse é o provável destino de quem surge na frente dele.
Na direção de "Quantum of Solace" está Marc Foster, hábil cineasta em explorar dramas humanos, como em "A Última Ceia" e "O Caçador de Pipas". Esta fase sombria de Bond seria um prato cheio para Foster mergulhar no pesadelo que a vida do agente se tornou após a morte da única mulher que se permitiu amar. Mas talvez por receio de focar somente no drama, o diretor se concentra mais na violência, nas intensas cenas de ação, no qual James Bond virou uma máquina de matar, que extermina quem aparece na sua frente. Ele como M o descreve bem, está com um ódio incontrolável que o cegou. Ele aproveita a vantagem de ter licença para matar e não se importa em deixar dezenas de corpos por onde passa.
Em uma conversa com Bond, M pede a ele que perdoe Vesper e perdoe a si mesmo. É isso que Bond precisa fazer. Suas feridas internas difíceis de cicatrizar, não vão ser curadas com meia dúzia de sopapos, só o tempo para curá-las. "Quantum of Solace" resolve todas as questões pendentes em "Cassino Royale" e o que se espera é que o bom e velho Bond retorne em sua próxima aventura com o estilo que todos conhecem e amam.
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