O documentário é um gênero em que se narra algo por meio do som, no qual se estabelecem afirmações sobre o eu e/ou o mundo pelas imagens, por intermédio da câmera. Ao assistir a um determinado filme, o espectador consegue distinguir o que é ficção e o que é documentário. A ficção é uma trama com personagens que entretém o público. O documentário é uma forma de representação feita por asserções.
Dentro do documentário existem quatro quadros estilísticos e modos de representação:
Estilo:
1.Poético: representação do mundo urbano ou voltado para as asserções sobre o eu.
2.Clássico: uso da voz over, imagens de arquivo, música e encenação.
3.Moderno: dividido em direto (imparcialidade, ideologia, voltado para o acaso) e verdade (interatividade por meio de entrevista. Reflexão).
4.Contemporâneo: dividido em cabo (asserções temáticas. Mostra o que aconteceu) e autoral (em função do diretor. Voz na 1° pessoa).
Representação:
1.Expositivo: narração e comentários em voz over.
2.Observacional: não intervenção da equipe técnica. Evita entrevistas, comentários, letreiros, etc.
3.Interativo: intervenção do cineasta.
4.Reflexivo: uso de ironia, sátira e intervenção ativa do cineasta.
Hoje, os documentários se tornaram coqueluche. Não é preciso muitos recursos para se fazer um e com isso, muitas vezes, os cineastas acabam realizando produções com temas banais. Mas outros tiram proveito dessa facilidade para discutir temas palpitantes. Aí está uma forma inteligente de usar a linguagem do documentário para denunciar.
Os documentaristas fazem asserções sobre questões problemáticas do mundo. Esses problemas são contados aos espectadores para mostrar fatos que aconteceram ou acontecem e levá-los a uma reflexão a respeito. Nesses documentários, o estilo mais utilizado é o cinema-verdade, no qual há interatividade por meio de entrevistas sobre um determinado tema, gerando assim, a reflexão por parte do espectador.
Nos últimos anos têm sido lançados ótimos exemplares desse estilo de documentário. O nacional “Ônibus 174”, de José Padilha mostra o desenrolar trágico do sequestro de um ônibus no Rio de Janeiro em 2000. O diretor se aproveita deste caso para analisar a violência nas grandes cidades.
“The Corporation” examina o conceito, evolução e impacto das grandes corporações nos Estados Unidos, além do poder delas na vida da população. Em “Super Size Me – A Dieta do Palhaço”, o diretor Morgan Spurlock faz uma análise dos hábitos alimentares dos americanos. Ele se submete a passar um mês comendo somente fast food da rede de lanchonetes McDonald’s mostrando as consequências desse hábito.
O australiano “Kidnapped” tenta desvendar o motivo do desaparecimento de 13 japoneses entre os anos 70 e 80. Uma das suposições a que se chega é de que eles foram sequestrados por espiões da Coreia do Norte, como parte de um complô do líder Kim Jong II. Este ano foi lançado nos Estados Unidos, “Uma Verdade Inconveniente”. Durante a campanha presidencial de Al Gore, são questionados problemas ambientais como o aquecimento global.
Esses são apenas alguns exemplos, mas no meio de muitos, com certeza, um grande representante desse modelo de documentário é o diretor Michael Moore. Nascido em Flint, Michigan, nos EUA, ele estudou Jornalismo e depois passou a se dedicar à carreira de cineasta. Seu primeiro documentário foi “Roger e Eu” (1989), no qual investiga o fechamento da General Motors em sua cidade natal e o que isso acarretou ao município. A produção mostra as diversas tentativas de Moore em falar com o presidente da companhia.
No seu primeiro filme, o cineasta mostra uma característica que seria sua marca registrada em seus próximos trabalhos: ser a “pedra no sapato” de políticos, instituições e grandes corporações, expondo sua opinião com uma boa dose de ironia e sarcasmo. Depois ele alternou produções para o cinema, vídeo e televisão, como “The Big One”, “TV Nation” e “The Awful Truth”. Em 2002, o diretor ganhou o Oscar de melhor documentário de longa-metragem por “Tiros em Columbine”.
Os filmes de Moore seriam uma mescla dos estilos clássico, moderno e contemporâneo. Dentre os modos de representação as produções se encaixam nos modelos expositivo, interativo e reflexivo. O último e mais badalado trabalho do diretor, “Fahrenheit 11 de Setembro” (2004), serve bem para exemplificar o trabalho de junção de estilos e modos de representação citados anteriormente.
Dentro do documentário existem quatro quadros estilísticos e modos de representação:
Estilo:
1.Poético: representação do mundo urbano ou voltado para as asserções sobre o eu.
2.Clássico: uso da voz over, imagens de arquivo, música e encenação.
3.Moderno: dividido em direto (imparcialidade, ideologia, voltado para o acaso) e verdade (interatividade por meio de entrevista. Reflexão).
4.Contemporâneo: dividido em cabo (asserções temáticas. Mostra o que aconteceu) e autoral (em função do diretor. Voz na 1° pessoa).
Representação:
1.Expositivo: narração e comentários em voz over.
2.Observacional: não intervenção da equipe técnica. Evita entrevistas, comentários, letreiros, etc.
3.Interativo: intervenção do cineasta.
4.Reflexivo: uso de ironia, sátira e intervenção ativa do cineasta.
Hoje, os documentários se tornaram coqueluche. Não é preciso muitos recursos para se fazer um e com isso, muitas vezes, os cineastas acabam realizando produções com temas banais. Mas outros tiram proveito dessa facilidade para discutir temas palpitantes. Aí está uma forma inteligente de usar a linguagem do documentário para denunciar.
Os documentaristas fazem asserções sobre questões problemáticas do mundo. Esses problemas são contados aos espectadores para mostrar fatos que aconteceram ou acontecem e levá-los a uma reflexão a respeito. Nesses documentários, o estilo mais utilizado é o cinema-verdade, no qual há interatividade por meio de entrevistas sobre um determinado tema, gerando assim, a reflexão por parte do espectador.
Nos últimos anos têm sido lançados ótimos exemplares desse estilo de documentário. O nacional “Ônibus 174”, de José Padilha mostra o desenrolar trágico do sequestro de um ônibus no Rio de Janeiro em 2000. O diretor se aproveita deste caso para analisar a violência nas grandes cidades.
“The Corporation” examina o conceito, evolução e impacto das grandes corporações nos Estados Unidos, além do poder delas na vida da população. Em “Super Size Me – A Dieta do Palhaço”, o diretor Morgan Spurlock faz uma análise dos hábitos alimentares dos americanos. Ele se submete a passar um mês comendo somente fast food da rede de lanchonetes McDonald’s mostrando as consequências desse hábito.
O australiano “Kidnapped” tenta desvendar o motivo do desaparecimento de 13 japoneses entre os anos 70 e 80. Uma das suposições a que se chega é de que eles foram sequestrados por espiões da Coreia do Norte, como parte de um complô do líder Kim Jong II. Este ano foi lançado nos Estados Unidos, “Uma Verdade Inconveniente”. Durante a campanha presidencial de Al Gore, são questionados problemas ambientais como o aquecimento global.
Esses são apenas alguns exemplos, mas no meio de muitos, com certeza, um grande representante desse modelo de documentário é o diretor Michael Moore. Nascido em Flint, Michigan, nos EUA, ele estudou Jornalismo e depois passou a se dedicar à carreira de cineasta. Seu primeiro documentário foi “Roger e Eu” (1989), no qual investiga o fechamento da General Motors em sua cidade natal e o que isso acarretou ao município. A produção mostra as diversas tentativas de Moore em falar com o presidente da companhia.
No seu primeiro filme, o cineasta mostra uma característica que seria sua marca registrada em seus próximos trabalhos: ser a “pedra no sapato” de políticos, instituições e grandes corporações, expondo sua opinião com uma boa dose de ironia e sarcasmo. Depois ele alternou produções para o cinema, vídeo e televisão, como “The Big One”, “TV Nation” e “The Awful Truth”. Em 2002, o diretor ganhou o Oscar de melhor documentário de longa-metragem por “Tiros em Columbine”.
Os filmes de Moore seriam uma mescla dos estilos clássico, moderno e contemporâneo. Dentre os modos de representação as produções se encaixam nos modelos expositivo, interativo e reflexivo. O último e mais badalado trabalho do diretor, “Fahrenheit 11 de Setembro” (2004), serve bem para exemplificar o trabalho de junção de estilos e modos de representação citados anteriormente.
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