
Que tal subir ao palco do show do U2, voar em uma casa presa por balões ou ser um avatar? É isso o que promete a nova moda nos cinemas, os filmes em três dimensões (3D). As imagens em 3D criam uma ilusão ótica dando as cenas uma profundidade de campo e a impressão de que objetos saltam da tela ou de que tudo o que é visto seja real. O filme Alice no País das Maravilhas é um dos muitos exemplos do que tem sido feito com a tecnologia.
Mas antes de você ficar pensando que o 3D é uma tecnologia complicada, saiba que o efeito do 3D acontece em nós mesmos, no nosso cérebro. O globo ocular é composto de três camadas e basicamente possui a córnea (funciona como uma primeira lente), a íris (parte colorida) e a pupila (localizada no centro da íris que controla a entrada de luz no olho). No seu interior há uma segunda lente, o cristalino que juntamente com a córnea faz a focalização das imagens sobre a retina. “O globo ocular tem por função focalizar em seu interior os raios luminosos oriundos dos objetos, sob a forma de imagem óptica, que é transformada em impulsos nervosos e enviados ao cérebro onde são processados, gerando a percepção visual. Enxergamos pelo cérebro”, explica Osvaldo Travassos de Medeiros, médico e membro titular da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
O sistema ótico humano se assemelha ao sistema da lente de uma câmera fotográfica. O olho foca a imagem pela córnea e o cristalino sobre a retina. A câmera foca pela lente que projeta a imagem no filme. Tanto o olho como a lente projetam imagens invertidas. O cérebro faz com que a pessoa ao enxergar tal imagem seja condicionada a entendê-la corretamente.
Medeiros fala que a visão do ser humano é binocular. Isso contribui para que os objetos sejam vistos simultaneamente, embora cada um deles focalizando imagens em ângulos diferentes. “O cérebro recebendo imagens com pequena disparidade angular de cada olho realiza a fusão unificando-as e enriquecendo a visão. Surge aí a terceira dimensão, o 3D, a visão estereoscópica”.
O médico afirma que a separação entre os olhos e as distâncias relativas entre os objetos fazem com que a imagem tenha ângulos diferentes em cada olho. O cérebro ao realizar a fusão das imagens de ambos os olhos permitirá o entendimento da profundidade e das distâncias relativas entre os objetos. “A visão em terceira dimensão é consequente da visão binocular, do uso simultâneo de ambos os olhos e da fusão, que é a integração cortical (cerebral) das imagens de cada olho em ângulos ligeiramente díspares”. Com isso, a tecnologia 3D permite ao espectador, a visualização das cenas de um filme de forma semelhante ao que é visto pessoalmente.
Medeiros utiliza em suas aulas e palestras a tecnologia 3D. “A motivação, entusiasmo e experiência na área 3D vem de algum tempo quando na carreira universitária fiz uma segunda tese para professor livre docente criando o aparelho OTMStereotest, para medir a visão tridimensional e contribuir na prevenção da cegueira, muito utilizado por oftalmologistas do Brasil e do exterior”.
muito boa essa tecnologia não fui ainda na sessão 3d mas deve ser bem massaaaa
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