

Num futuro próximo, a febre são jogos de videogame em que os personagens são pessoas reais. O jogo Slayers dá ao jogador o controle total do ser humano em combates de tiro. Os personagens são prisioneiros, que se morrerem pouca falta farão. Mas Kable (Gerard Bulter) é diferente. Em todas as batalhas ele se safa para uma próxima etapa. Se Kable conseguir vencer 30 batalhas ele conquista a liberdade. É esta a regra de “Gamer”, novo filme da dupla de diretores/roteiristas Neveldine e Taylor, que haviam trabalhado juntos na bomba “Adrenalina”.
“Gamer” segue a mesma linha de “Adrenalina” com situações absurdas e até embaraçosas, uma ação incessante e fotografia granulada. O filme tem ação contínua, mas o problema de “Gamer” está no roteiro. A ideia de personagens de videogames serem reais é boa, mas acaba sendo muito confusa. Muitas coisas que acontecem na trama ficam sem explicações, cheias de arestas. Os personagens são muito caricatos. E o embate entre Kable e o vilão Ken Castle (Michael C. Hall, do seriado “Dexter”) não empolga.
O vilão é um caso a parte. O ator Michael C. Hall está canastrão, muito exagerado na pele de Castle. Ele é o responsável por uma das cenas mais estranhas do filme. Cantando “I’ve Got You Under My Skin”, de Frank Sinatra ele e seus capangas fazem uma coreografia antes de atacarem Kable. “Gamer” é um trem fora de controle. Neveldine e Taylor precisam de um freio para impedir que um absurdo como “Gamer” ganhe vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário